Nos primeiros sete meses de 2016 o investimento em ações por parte dos fundos nacionais tem sofrido algumas oscilações. Veja quais.
No final de julho passado, o valor sob gestão dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM) somava mais de 8.385 milhões de euros, enquanto que os fundos de investimento alternativo (FIA) totalizavam mais 2.409 milhões de euros. Em termos acumulados, o valor ficava perto dos 10.800 milhões de euros. Desse valor, mais de 9,5% - mais de 1.031 milhões de euros – estava investido em ações, distribuídos por 64 fundos de investimento.
O montante no final de julho é menor em 11% se compararmos com o final do ano passado. No final de 2015 o valor investido em ações por parte dos fundos de investimento nacionais ascendia a quase 1.160 milhões, o que contrasta com os 1.031 milhões de euros investidos sete meses depois. O gráfico seguinte mostra a evolução do investimento dos fundos nacionais em ações.
Investimento total dos fundos em ações
Fonte: CMVM. Valores em milhões de euros
Queda geral
Analisando ao pormenor o investimento realizado em ações, verificamos que nos primeiros sete meses do ano, também o “factor regional” resvalou. Em termos percentuais, o segmento que mais sofreu foi o investimento em ações nacionais, com uma descida de 20%, passando de 217 milhões para 173 milhões de euros. A volatilidade também se fez notar entre as cotadas nacionais que mais investimento receberam, já que nos sete meses percorridos de 2016, foram quatro as entidades que lideraram esta lista: a Sonae SGPS, o Banco BPI, a EDP Renováveis e mais recentemente a NOS SGPS.
Relativamente ao investimento efetuado dentro da União Europeia, o valor ascendia, no final de julho, a 423 milhões de euros. Este montante é inferior em 11% se compararmos com o final do ano passado, tendo sido também, aqui, que ocorreu a maior descida em termos absolutos, com uma diminuição de 51 milhões de euros no espaço de sete meses. Em termos das cotadas favoritas, a situação é completamente contrária à vivida no mercado nacional. A Siemens foi sempre a cotada preferida no período em análise, seguida da BASF e da Total Efina.
A mesma tendência foi sentida no investimento fora da União Europeia. A descida foi de quase 7%, em 2016, para um total de 434 milhões de euros. Note-se, aqui, que este segmento é, neste momento, aquele que mais dinheiro recebe por parte dos fundos de investimento, situação que não acontecia no final do ano passado. Se olharmos para as cotadas preferidas, a Stenprop, a Apple e a Johnson & Johnson são as que mais se repetem.
Investimento dos OICVM em ações, por região
Fonte: CMVM. Valores em milhões de euros