Para Hugo Custódio, da GNB GA, também o condicionamento de seguirem um benchmark é real e, por isso, “não têm espaço para investimentos alternativos”. Contudo, acabam por fazer alguns movimentos mais táticos. “Usamos derivados para fazer cobertura ao risco de taxa de juro, mas não usamos ativos alternativos per si”, contou. Adicionou também que investem em “estruturados de crédito, híbridos e high yield, que podem ir de single B a single A”. Hoje em dia, dada a conjuntura atual, o gestor declara-se ainda mais defensivo.
A conjuntura, mudou de facto e, nesse sentido, o gestor atesta que “as valuations são a única razão para comprar o mercado”. No curto prazo está consciente que “o aperto monetário será grande, e que as economias vão seguramente abrandar”. Por outro lado, indica, “a inflação continua muito elevada” e a sua estabilização mantém-se uma incógnita. “Esperamos que muitos destes fatores já estejam refletidos nas valuations”, nota. Assim, acredita que quem tiver oportunidade de comprar crédito agora e olhar para os portefólios com uma perspetiva de médio prazo, terá uma compensação vinda do segmento de crédito core. “Quem, por outro lado, tem de olhar para as suas carteiras numa base diária, é melhor esperar algum tempo até começar a aumentar a sua exposição a crédito”, avisa.
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