Com estratégias inovadoras e personalizadas, a empresa prepara-se para se destacar num mercado em constante evolução, marcando a diferença com a sua excelência e capacidade de adaptação.
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Desde a sua entrada como Managing Director e responsável pelo grupo de clientes na Península Ibérica da Neuberger Berman, Javier Mallo de Vargas enfrentou um ano dinâmico, repleto de desafios e oportunidades de adaptação. Nesta entrevista à FundsPeople, o profissional expressa o seu otimismo relativamente às perspetivas da empresa na Península Ibérica.
Ao longo deste período, trabalhou intensamente para oferecer um serviço excecional, potenciar a visibilidade de uma oferta diversificada e reforçar uma cultura centrada no cliente, desenhada para satisfazer as crescentes exigências do investidor ibérico, cada vez mais sofisticado.
Um ano de aprendizagem e consolidação
"Foi um ano de aprendizagem muito intenso. Conhecer em profundidade uma gestora da dimensão da Neuberger Berman e as suas equipas é um processo enriquecedor", comenta Mallo. A gestora gere um volume de ativos de 509 mil milhões de dólares, distribuídos de forma equilibrada entre obrigações, ações e mercados privados. "Cada investidor conhecia-nos por algo diferente, mas o objetivo foi mostrar a amplitude das nossas capacidades", acrescenta.
Desde a sua chegada, Mallo trabalhou para posicionar a Neuberger Berman como uma referência integral na Península Ibérica. Descreve esta tarefa como intensa, mas enriquecedora. “A amplitude dos serviços foi crucial para atrair novos clientes e fortalecer relações existentes”, comenta. Os serviços abrangem desde obrigações até ações e mercados privados.
O diretor destaca que um dos principais focos para si foi reforçar a estrutura na Península Ibérica, oferecendo um serviço de qualidade alinhado com as necessidades dos clientes locais. Além disso, pretende consolidar a gestora na posição que merece. Nesta tarefa, conta com a colaboração de Jaime Franco, que já trabalha na empresa há vários anos, e de Mila Supica, que trabalhava em Londres e se juntou à equipa ibérica como CRM. Adicionalmente, conta com o apoio de mais duas pessoas em Londres, dedicadas a apoiar as operações ibéricas.
Alavancagem em todas as capacidades
Com 30 anos de experiência no setor, Mallo reconhece que o investidor ibérico evoluiu e comenta que "a sofisticação do investidor ibérico não é um desafio, mas uma vantagem. Exige mais personalização, e isso permitiu-nos desenvolver relações mais próximas", afirma. Um exemplo disso são os mandatos segregados e carteiras personalizadas, um segmento que está a ganhar terreno no mercado da Península Ibérica.
O diretor destaca ainda a cultura horizontal e colaborativa da Neuberger Berman como um fator diferenciador. “O nosso sucesso baseia-se na qualidade das nossas equipas e na sua proximidade, o que facilita alianças estratégicas”, explica.
Este foco reflete-se também na adaptação das estruturas e recursos para responder às necessidades específicas dos clientes. Um exemplo disso é o intenso serviço prestado por equipas especializadas em family offices e seguradoras no mercado ibérico, onde estes segmentos estão a ganhar terreno e a exigir serviços muito ad-hoc e de elevado expertise.
Desafios do mercado ibérico
Num mercado altamente competitivo, Mallo aponta que o ponto-chave para 2025 será manter a capacidade de adaptação rápida às necessidades dos clientes. Isto inclui desde formação em estratégias de private equity até maior acesso aos gestores, aspetos que estão a transformar a relação com os investidores.
“O cliente ibérico está mais preparado e exige um nível de serviço excecional”, assegura. A personalização é essencial, com uma procura crescente por soluções feitas à medida, como mandatos segregados e carteiras personalizadas. “Queremos continuar a oferecer essa personalização, sendo flexíveis e inovadores para este cliente que é o centro da Neuberger Berman”, salienta Mallo.
Estratégias e perspetivas
A diversificação continua a ser um pilar central da estratégia. Em ações, a Neuberger Berman identifica oportunidades para além das grandes empresas tecnológicas. Na área de obrigações, a seleção ativa e a adaptação aos cenários macroeconómicos são fundamentais. Relativamente a ativos alternativos, destaca-se o crescimento do private equity e das estratégias semi-líquidas. “Fomos pioneiros no lançamento de produtos como os ELTIF e continuamos a desenvolver soluções, como veículos evergreen, para uma base de clientes mais ampla,” explica.
O interesse pela sustentabilidade também continua presente. Segundo Mallo, “não desapareceu, mas normalizou-se”. Os critérios ESG fazem parte do ADN da Neuberger Berman. "A nossa primeira lista de exclusão de empresas data de 1940. Para nós, integrar ESG não é uma moda, é essencial para mitigar riscos e gerar rentabilidade a longo prazo", afirma.
Pensamento a longo prazo porque o cliente vem primeiro
A estrutura de propriedade da Neuberger Berman, que pertence aos seus colaboradores, garante que estão “totalmente alinhados com os interesses dos nossos clientes e que pensamos a médio e longo prazo, sem as pressões trimestrais de uma empresa cotada.” Esta filosofia posicionou também a gestora como um dos melhores lugares para trabalhar no setor, com uma taxa mínima de rotatividade de apenas 3%, incluindo reformas.
O profissional conclui afirmando: "Semeámos muito durante o último ano, e isso prepara-nos para um futuro promissor na Península Ibérica. O ponto-chave continuará a ser adaptarmo-nos e mantermos a excelência no serviço".