Joaquim Luiz Gomes (Heed Capital): "Queremos desenvolver-nos cada vez mais como uma fintech"

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Joaquim Luiz Gomes. Créditos: Cedida

Depois do anúncio da nova marca Heed Capital que sucede à antiga Dunas Capital, Joaquim Luiz Gomes, CEO da Heed Capital, reuniu-se com jornalistas para dar a conhecer as forças motrizes da entidade.

O profissional explicou que a nova identidade corporativa sob o nome Heed Capital, nasceu da aquisição por parte dos acionistas portugueses da Dunas Capital de uma posição de 50% do capital da gestora de fundos à Dunas Espanha, passando assim a equipa nacional a deter 100% do capital. Depois da transação, e como referido no comunicado divulgado pela entidade, "a Dunas Capital passou a ser detida a 90% pelos seus executivos (Joaquim Luiz Gomes e Nuno Pinto) e a 10% pela MCG E F (de António Corrêa de Figueira)". Segundo o CEO, os clientes que a entidade detinha em Espanha foram praticamente mantidos na totalidade, pois tratavam-se de clientes diretos.

Para o CEO da Heed Capital, "a aquisição foi um passo importante para a estratégia futura, que passa por uma forte internacionalização". Segundo Joaquim Luiz Gomes, "o acentuar do sentido de partnership", e a "abertura do capital a a outros executivos da sociedade", acelerará a "implementação dessa estratégia". Durante o almoço com os media, o responsável da entidade destacou como meta chegarem aos 500 milhões de euros de ativos geridos nos próximos três anos.

Das Start-Ups à posição de Fintech

A área de fundos alternativos, mais concretamente de private equity, capital de risco e fundos de impacto será uma das mais dinamizadoras da entidade nos próximos tempos. Por esta via, a entidade pretende mesmo aumentar a sua posição nos mercados americano, brasileiro e asiático.

Na conversa com os jornalistas, Joaquim Luiz Gomes realçou quatro objetivos específicos em termos de posicionamento. Em primeiro lugar, a Heed Capital pretende fazer uma aposta em Start-ups nacionais. "Achamos que há uma margem muito grande para desenvolver esta área em Portugal", realçou. O investimento em dívida privada aparece como o segundo objetivo. A entidade atuará nesta área "de forma a suprir as necessidades de capital preferencial do tecido de PME portuguesas".

A terceira área onde a Heed Capital apostará é a de Impact Investment. "Queremos investir ou comprar empresas que estejam num processo de transformação para uma via mais sustentável, ou seja, investir em empresas que irão ter algum impacto na sociedade", sublinhou o CEO. Por fim, o quarto objetivo elencado por Joaquim Luiz Gomes tem que ver com a ambição assumirem cada vez mais um modelo de Fintech. "Queremos desenvolver-nos cada vez mais como uma Fintech, e quebrar as barreiras de distribuição que existem em Portugal, com o domínio do sistema bancário".

Recorde-se que a entidade apresenta na sua gama de fundo mobiliários quatro fundos: o Heed Património, o EuroBic Tesouraria, o EuroBic Investimento e o Eurobic Brasil. No espetro de estratégias alternativas são outras quatro as estratégias da entidade: o Vega FCR, o Golden Bridge FCR e o Aston Gold FCR.