Junho foi o mês dos investidores realizarem mais-valias

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-Tico-, Flickr, Creative Commons

Se em maio nas três plataformas nacionais, a tendência nos resgates efetuados aconteceu do lado dos fundos estrangeiros mais conservadores, junho, por seu lado, confirmou não só essa propensão dos investidores, mas também trouxe novidades.

João Graça, do ActivoBank, explica precisamente que existiram algumas mudanças na vertente dos resgates. “Posturas muito díspares com resgates de obrigações e ações de mercados emergentes e da zona euro”, prossegue o profissional, que fala do “sector dos bens de luxo através do fundo Global Prestige da Credit Suisse”, que “passou para o primeiro lugar da lista de resgates com alguns investidores a realizarem mais-valias, esperando uma redução de vendas nestes bens”.

Do Banco BiG, Isabel Soares, refere que “em termos de outflows, os maiores movimentos registaram-se em fundos com exposição às regiões do Leste Europeu”. Também numa perspetiva de realização de mais valias, da entidade realça-se que  “com o cenário de tensão entre Rússia e Ucrânia a permanecer e a dominar a actualidade, muitos investidores vislumbraram no rally de Maio uma oportunidade para reduzir a sua exposição, diminuindo o risco das suas carteiras e encaixando (em alguns casos) mais valias”.

Finalmente, no caso do Banco Best, o Top dos mais resgatados não trouxe “nada de novo”. “Os investidores continuam a resgatar fundos conservadores que, no atual ambiente de taxas baixas, proporcionam retornos pouco atrativos”, sublinha Rui Castro Pacheco, head of asset management da entidade.