Luxemburgo perde destaque nos fundos mobiliários escolhidos pelos fundos de pensões em favor da França e Alemanha

obrigações bonds europa luxemburgo
Créditos: Fanick Atchia (Unsplash)

O Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões de 2021 emitido pela ASF demonstrou uma crescente importância dos fundos de investimento mobiliário nas carteiras dos fundos de pensões. Em 2021, estes representavam já 33% do total dos ativos investidos, um aumento de três pontos percentuais face a 2020. Olhamos agora para a distribuição desta rubrica de investimento por tipologia e domicílio de fundo de investimento.

Distribuição dos fundos de investimento por tipologia

(variação relativa face a 2020)

Fonte: APFIPP, Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões de 2021

O relatório evidencia "um aumento relevante dos fundos de ações, que reforçam desta forma o estatuto de principal categoria de fundos de investimento". O segundo tipo com maior representatividade são os fundos de obrigações. Esta foi a categoria que mais caiu em representatividade, face a 2020, cerca de três pontos percentuais.

Adicionalmente, podemos concluir que os hedge funds ganharam alguma representatividade, na direção inversa aos fundos de investimento imobiliário.

Distribuição geográfica dos fundos de investimento detidos

(variação relativa face a 2020)

Fonte: APFIPP, Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões de 2021

Tomando por base a sede da respetiva entidade gestora, conseguimos concluir que o Luxemburgo é o mercado predominante. Apesar deste domínio, os fundos sediados no principado do Luxemburgo perderam representatividade em todos os tipos de fundos de pensões, inclusive mais de 17,5 pontos percentuais nos outros fundos de pensões abertos.

O relatório destaca ainda o crescimento da importância de fundos de entidades gestoras francesas e alemãs, "cuja preponderância no final do ano era equiparável à dos fundos geridos em território irlandês".

Em relação aos fundos sediados em Portugal, não houve alterações significativas face a 2020. No total dos fundos de pensões, estes representam agora 6% dos portefólios.