Menos mercados emergentes e mais risco determinam realocação em novembro

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unloveablesteve, Flickr, Creative Commons

Muito semelhante ao mês de outubro, novembro serviu para confirmar a tendência de que os investidores estão a “alhear-se” das opções conservadoras, que já não apresentam os resultados de outrora. Desta forma, os resgates nos fundos estrangeiros no penúltimo mês do ano nas plataformas demonstram a menor disposição dos investidores perante os produtos com menos risco, mas ainda assim mostram também algumas tendências mais heterogéneas.

No ActivoBank, por exemplo, a grande tónica nos outflows (à semelhança do que já tinha acontecido em outubro) prendeu-se com factores geográficos. “Relativamente aos fundos mais resgatados, encontramos alguma predominância por fundos de mercados emergentes”, refere Guilherme Cardoso, da entidade.

No Banco BiG e no banco Best a tendência de procura pelo risco é clara. As saídas fazem-se precisamente num caminho que privilegie a maior rentabilidade.

“Relativamente a resgates, a tendência continua para a diminuição em posições mais conservadoras com grande enfoque em fundos de tesouraria e obrigações que nas atuais condições de mercado apresentam remunerações bastante baixas”, refere Rui Castro Pacheco, subdiretor de investimentos do Banco Best, realçando que no top dos resgates “não aparece qualquer fundo de ações com alguma expressão”.

No Banco BiG, por seu lado, o “mês de novembro foi marcado por alguns resgates significativos no que diz respeito ao segmento de dívida”, refere Isabel Soares, gestora de produto da entidade, que confirma a maior busca pelo risco. “Os montantes resultantes destas vendas têm sido canalizados para reinvestimento em fundos de investimento com um maior nível de risco”, refere.