Em 2021 a riqueza mundial aumentou 9,8%. Um valor que totalizava 463,6 biliões de dólares no final do ano passado. Assim o diz o Credit Suisse na 13ª edição do Credit Suisse Global Wealth Report. Considerando a inflação, reduzem-se as taxas de crescimento da riqueza. Em 2021, o aumento estimado da riqueza real foi de +8,2%. "Ao olharmos em frente para um período de inflação mais elevada do que nas duas últimas décadas, a comparação das tendências da riqueza real e nominal cresce em relevância", dizem da instituição financeira.
Por outro lado, fica evidente também que a parcela da riqueza nos 1% que se encontram no topo aumentou pelo segundo ano consecutivo, atingindo 45,6% em 2021, contra 43,9% em 2019. De relevar, contudo, que é considerado o património financeiro e não financeiro, bem como dívida nestas estimativas.
Analisamos agora como o ano de 2021 afetou Portugal e os portugueses.
Adultos portugueses perdem riqueza no ano
Esta métrica, que avalia a riqueza média de cada adulto de um país, serve como indicador para avaliar a evolução do próprio país no cenário global.
Como podemos ver, Portugal encontra-se entre os maiores perdedores. A par da Grécia e da Turquia, o nosso país apresentou assim uma redução de cerca de 6.500 dólares por adulto. O Credit Suisse justifica parcialmente esta redução pela "depreciação da moeda face ao dólar americano".
Número de indivíduos com mais de um milhão de dólares
O aumento da riqueza mundial refletiu-se principalmente no grupo de pessoas com mais de um milhão de dólares. No mundo todo, ocorreu um aumento de 5 168 mil pessoas com entrada neste clube, perfazendo um total de 62 483 mil.
Mais uma vez, Portugal não figura no ranking pelos melhores motivos. Dos 169 mil indivíduos com mais de um milhão de dólares no final de 2020, apenas 159 mil se mantém na lista no fim do ano em análise, uma variação de 10 mil.
