“Em três anos, acreditamos que este período será visto, pelos investidores, como uma excelente oportunidade”
Rory Bateman, 'head of european equities' da Schroders, aponta algumas características atraentes no mercado de acções europeu, afirmando que estando já "descontado o risco de queda das acções, a vantagem potencial destes activos parece cada vez mais atraente”.
O gestor da Schroders afirma, ainda, que “é possível tirar vantagem da crise de confiança na Europa através da compra selectiva de empresas com um alto crescimento e de qualidade, que foram arrastadas para baixo de forma indiscriminada conforme os investidores iam saindo das mesmas, optando por outros investimentos refúgio. Uma forte selecção de acções será determinante, no sentido de identificar empresas de qualidade que são capazes de continuar rentáveis apesar do entorno de baixo crescimento económico e mantendo o foco no aumento de valor para o accionista”.
Esta consideração está em linha com o apresentado, em Fevereiro, na Lisbon Conference da Schroders, quando se questionava até que ponto o contexto europeu podia piorar. Nesse momento, afirmavam que existia a possibilidade de ‘defaults’ em países periféricos da Europa, apesar de partilharem um sentimento positivo de sobrevivência da moeda única. No presente, a equipa da Schroders acredita numa convergência fiscal, que ainda levará tempo e “que cria, naturalmente, alguma incerteza, onde o medo é um tema dominante nos mercados mas também uma fonte oportunidades”. Razões apontadas para isto são a diversificação da região, que oferece aos investidores “acesso a líderes de mercado a nível global; activos que estão a negociar com descontos significativos comparando com os pares do resto do mundo e devido à austeridade do presente. As avaliações são favoráveis tanto em termos relativos como absolutos, o sector corporativo é sólido – apoiando despesas de capital, a actividade de fusões e aquisições e um crescimento dos lucros”.