Antecedendo a próxima reunião do BCE, os dados da inflação na UEM confirmam que a possibilidade de deflação na Europa é uma ameaça séria e que deve ser atacada devidamente. No entanto, depois de Draghi ter avançado recentemente com mais informações sobre o QE, coube novamente ao presidente do Bundesbank atirar um pouco de água fria ao afrimar que existem alguns obstáculos ao programa de compra de obrigações do BCE.
Tudo indica que a reunião da próxima semana não trará mais luz sobre o assunto, mas parece claro que um programa completo deve ser apresentado durante o primeiro trimestre de 2015.
A liquidez no mercado monetário do Euro mantem-se baixa, com o mercado expectante quanto ao anúncio do LTRO que terá lugar a 11 de dezembro. É natural que as taxas de curto prazo registem uma ligeira subida.
A OPEP manteve a sua extracção diária de 30 milhões de barris provocando forte descida no preço do "ouro negro", chegando a níveis de 2010.
Com a mesma oferta e com a procura a abrandar claramente é natural que o preço corrija em baixa, o que atinge várias divisas, com destaque para o Rublo Russo (a Rússia não faz parte da OPEP mas financia o seu orçamento com a exportação de petróleo e gás natural), a Coroa Norueguesa (que regista bons dados macro, com desemprego a descer para os 2.6%, os salários a subir 1,9% e as vendas a retalho a surpreender em alta, mas que é demasiado dependente do preço do petróleo - apesar do anúncio do Banco da Noruega de que irá aumentar as compras de NOK no mercado cambial para o seu Fundo Petrolífero, a NOK desceu para níveis de 2009, sendo cotada a 8.70 face ao Euro), O Dolar Canadiano, o Real Brasileiro, o Peso Mexicano e o Peso Chileno.