A CMVM dá conta que os fundos estrangeiros comercializados em Portugal, direcionados ao retalho, registaram um volume de investimento histórico em 2021. O número de participantes teve o maior aumento em mais de 20 anos.
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Agora, também a CMVM no Relatório sobre os Mercados de Valores Mobiliários referente a 2021, divulga que “os OICVM estrangeiros comercializados em Portugal continuaram a registar uma procura crescente” nas plataformas de distribuição nacionais. Mais concretamente, “os montantes colocados pelos 159 (mais 18 do que em 2019) OICVM estrangeiros distribuídos ao retalho totalizaram 7,6 mil milhões de euros (+37,6% face a 2020; variação média anual de 30% nos últimos 10 anos)”, menciona a entidade.
Valor colocado, número de participantes (esq.) e subscrições líquidas de OICVM estrangeiros (dir.)
Adicionalmente, é referido que o número de entidades a comercializar estes fundos subiu para 19 com referência ao final de 2021, ou seja, mais três do que em 2020, algo que “ajuda a explicar a diminuição da concentração das quotas de mercado”, diz a CMVM. Aponta então que o Herfindahl–Hirschman Index (HHI) se sitou em 1.208, o que evidencia um mercado pouco concentrado. Em relação ao ano passado, o HHI situava-se em 1.693.
Já o valor das subscrições líquidas atingiu os 1,3 mil milhões de euros, “refletindo uma variação de 700% face ao período homólogo”, diz a CMVM.
Participantes
Por sua vez, segundo a entidade supervisora, “o número de participantes ascendeu a 358 686, registando em 2021 o maior aumento histórico nos mais de 20 anos em que estes fundos são comercializados em Portugal”. Destaca-se, contudo, que este número reconhece um participante por cada fundo de investimento, o que resulta que o número de participantes será sempre maior do que o número total de investidores individuais nestes fundos, por via daqueles que detêm investimento em mais de um veículo.
O valor médio por participante era de 21,1 mil euros no final do ano, “traduzindo um aumento relevante face a 2020", que se situou em 16,7 mil euros. "Este valor médio por participante continua a ser superior ao verificado nos OICVM nacionais, sugerindo a existência de uma procura diferenciada dirigida aos dois segmentos”, comenta a entidade.