Do outro lado do Atlântico - Chart of the Week Funds People

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Sam Howzit, Flickr, Creative Commons

"Variação cambial Eur/Usd"

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Tiago Boura"Após a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, os mercados financeiros reagiram de forma bastante positiva. Acontece que após a sua tomada de posse, começou a notar-se uma inversão desse sentimento, e a moeda norte americana tem vindo a perder valor (neste caso face ao euro). O atual presidente norte-americano tem assumido posições controversas, e a mais recente trata-se da intenção de desvinculação do Acordo de Paris. As ações, politicas e medidas executadas por Donald Trump têm vindo a aumentar os riscos geopolíticos, já existentes, aumentando a “tensão” e a volatilidade nos mercados financeiros.

Com mais duas expectáveis subidas nas taxas de juro norte americanas, por parte do FED, e com os riscos geopolíticos a aumentarem também, até que nível poderá ir o Us dólar?”

 

"Sell in May and go away?"

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MAX_9982"Com o S&P500 a fixar novo máximo histórico na recta final do mês de Maio, o famoso “Sell in May and Go Away” volta a colocar-se atendendo à aproximação de um período de férias sazonalmente menos líquido.
A avaliar pela volatilidade implícita retirada das opções nos EUA (VIX), na prática o preço pago pelo mercado pelo risco futuro, dir-se-ia que os investidores não estão muito preocupados. Uma volatilidade de 10% é praticamente metade da média histórica e sugere complacência por parte da generalidade dos participantes de mercado. Convém no entanto notar que os múltiplos do S&P500 parecem ricos atendendo à actual fase do ciclo económico (PE dos últimos 12 meses de 21,4x e PE para o actual ano de 18,5x) e que muitos dos factores de risco identificados no inicio do ano são ainda válidos para o segundo semestre (incerteza quanto à implementação das promessas de Trump nos EUA, arrefecimento da China, impacto do Brexit, eleições em Itália e Alemanha,”, incerteza quanto ao “phasing out” do programa de “quantitative easing” na Zona Euro, excesso de oferta em algumas “commodities”). Da mesma forma, todos os “reflation trades” têm perdido força nos últimos meses à medida que as expectativas em torno dos estímulos fiscais de Donald Trump se vão desvanecendo (dólar a depreciar-se, taxas de juro a 10 anos a deslizarem num “flattening” da curva de rendimentos, “breakevens” a recuarem descontando uma menor expectativa de inflação nos próximos anos). Porque conta o mercado accionista uma história diferente?"