Em Abril, a subida da taxa de juro de referência, Selic, para 7,50% foi seguida por um movimento de correcção dos preços dos activos financeiros no mercado brasileiro de obrigações.
Os reflexos mais significativos foram observados nas carteiras das notas do tesouro nacional (NTN-Bs) em mercado, expressas pelo IMA-B (índice de mercado ANBIMA dos títulos públicos vinculados à inflação). A redução do juro real e o consequente aumento dos preços dos títulos resultaram na revisão em baixo da trajectória de subida esperada para a Selic.
Desta forma, a carteira de maior ‘duration’, com títulos acima de cinco anos, expressa pelo IMA-B5+, que apresentou retorno mensal negativo de 0,14% até o dia 17 de Abril, registou, após essa data, variação positiva de 2,15%. Nesse mesmo período de comparação, as NTN-Bs até cinco anos (IMA-B5) registaram perda de 0,12% até o dia 17 e valorização de 1,05%, no período de 18 a 30 de Abril.
Porém, a valorização da carteira dos títulos indexados ao IPCA (índice nacional de preços do consumidor amplo) ainda não foi suficiente para reverter a variação negativa do IMA-B em 2013. No acumulado do ano até Abril, o IMA-B apresentou retorno negativo de 0,67%, resultado de uma valorização de 1,31% do IMA-B5 e de uma queda acumulada de 1,90% do IMA-B5+.
Além das NTN-Bs, outras carteiras de títulos públicos sofreram correcções de preços após o aumento da taxa Selic. A partir de 17 de Abril registou-se uma valorização de 0,96% nos prefixados acima de um ano e 0,43% nas carteiras mais curtas, expressas pelo IRF-M1+ e IRF-M1, respectivamente. O IMA-S, que reflecte a trajectória das LFT (título prefixado cuja variação acompanha a variação da taxa de juro de referência), foi o único sub-índice do IMA que apresentou um resultado pior, após a reunião do Copom, com um retorno de 0,37% até o dia 17 e 0,26% após essa data. O IMA-Geral, que reflecte a dívida pública marcada a mercado, registou retornos de 0,24% e 0,99% nesses períodos.