Nova reviravolta na gestão passiva: a Vanguard vai eliminar as comissões dos seus ETFS

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A guerra de comissões em que os vários fornecedores de gestão passiva a nível mundial, passou de ser uma guerra de trincheiras, com pequenos avanços de todos os lados, para uma guerra-relâmpago, depois da decisão surpresa da Vanguard de distribuir basicamente todos os seus ETFs – cerca de 1.800 produtos – livres de comissões a partir de agosto.

Atenção, o anúncio vem com uns pequenos, mas importantes, esclarecimentos: os ETFs não terão comissões se forem subscritos através da plataforma da própria Vanguard. Além disso, os ETFs inversos e alavancados ficarão excluídos desta decisão (a gama da Vanguard ascende a cerca de 2.100 fundos cotados).

Karin Risi, managing director do departamento de investidores de retalho da Vanguard, comentou que este passo em frente responde à vontade da empresa de continuar a expandir e melhorar o acesso à gestão passiva dos investidores, tanto institucionais como de retalho. “Tanto a nossa própria análise como a análise do mercado indica que, quando os investidores vão para escolher um broker, têm como principais prioridades, na altura de selecionar um, a sua capacidade para comprar ETFs com a comissão mais baixa possível”, explicou Risi.

O especialista também especificou que, depois de uma década na qual a utilização de ETFs se popularizou entre os investidores institucionais e consultores financeiros, da empresa constataram “um interesse e adoção de ETFs crescentes entre investidores que investem de forma autónoma”. De facto, afirma que, segundo dados da própria Vanguard e da indústria norte-americana, “os ETFs são a categoria de produto de crescimento mais rápido entre os investidores de retalho”, que cada vez mais recorrem aos fundos cotados “para construir carteiras diversificadas de baixo custo”, nas palavras do representante da Vanguard.