Número de participantes em fundos imobiliários com aumento significativo

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alliecat1881, Flickr, Creative Commons

O Relatório Anual Sobre os Mercados de Valores Mobiliários da CMVM dá nota de uma recuperação do valor sob gestão em fundos de investimento imobiliário (FII) em 2017, embora se tenha verificado também uma diminuição no número de fundos em atividade (no  final do ano existiam 227 fundos em atividade, menos sete do que no ano anterior). “As subscrições líquidas de fundos abertos foram positivas (cerca de 52 milhões de euros) e mais do que compensaram a perda de valor gerido por fundos fechados que se liquidaram no ano. Também na Europa se assistiu ao aumento das subscrições líquidas de fundos imobiliários (28 mil milhões de euros em 2017)”, pode ler-se no relatório.

Segundo o supervisor dos mercados financeiros, “a maioria dos fundos imobiliários apresentaram rentabilidades positivas, o que está associado à retoma dos preços no setor imobiliário residencial e comercial em Portugal, em particular nos grandes centros urbanos e turísticos”.

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Carteira dos fundos

Ao nível da estrutura da carteira, a CMVM salienta no relatório a diminuição do valor dos empréstimos contraídos pelos fundos imobiliários e o “aumento signicativo da liquidez detida”. Continuou a diminuir o peso dos imóveis destinados a habitação e a serviços, mas os destinados a comércio, indústria e turismo “ganharam importância, o que não pode ser dissociado do crescimento económico recente da economia portuguesa”.

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Número de participantes

No relatório está também patente que o “número de participantes aumentou substancialmente e originou a diminuição do valor médio sob gestão para 130 mil euros por participante (176 mil euros no  nal do ano anterior). As pessoas coletivas e as instituições de crédito representam a maioria do valor sob gestão, com valores médios por participante em decréscimo. Contudo, a importância das pessoas singulares tem aumentado, quer em termos de valor sob gestão, quer de número de participantes,  fixando-se o valor médio por participante em 23 mil euros no  nal de 2017”.

Por fim, uma nota para a concentração no sector onde a CMVM realça que “ao contrário do que acontece com os fundos mobiliários”, os índices de concentração do setor dos fundos imobiliários são baixos: “as três principais sociedades gerem 38,6% do valor sob gestão de fundos imobiliários”.