O Banco Carregosa em 2022 e no futuro

Porto
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O Banco Carregosa, instituição financeira do norte de Portugal que nasceu em 1833 como casa de câmbios, divulgou o seu relatório anual onde revela que fechou 2022 com um resultado líquido de 1,59 milhões de euros, uma quebra de cerca de 1% face ao ano anterior. Foi, no entanto, e como indica a instituição financeira, “um ano que continuou a revelar bons indicadores de atividade, observando um crescimento global acentuado, medido pelo valor dos ativos sob supervisão do banco, que superaram no final do exercício a fasquia dos 2,8 mil milhões de euros, a que corresponde uma variação de 31,1%, para o que muito contribuiu o incremento da atividade de depositário de organismos de investimento coletivo e o aumento dos recursos de clientes”.

Com os olhos no futuro, e no que diz respeito aos segmentos de gestão de ativos e patrimónios, o Banco Carregosa indica que vai apostar numa “diferenciação centrada no wealth management, assente na figura do gestor de relação independente, com foco nos serviços de consultoria e gestão de investimentos, aconselhamento patrimonial, mercados, custódia institucional, atividade corporate e crédito especializado para apoio à atividade das áreas de negócio”. 

Já no que se refere ao departamento de Investimentos, para 2023, o banco indica que são prioridades em curso a “migração das estratégias mais relevantes para fundos em formato PPR, o alargamento da base de clientes institucionais e o lançamento de novos produtos e serviços em que se encontre alinhamento entre as necessidades do mercado e as competências da equipa”.

Banca privada

Especificamente acerca do segmento da banca privada, a equipa foi reforçada a sul, estando previsto continuar o seu alargamento a nível nacional, por forma a corresponder ao crescimento dos ativos e da base de clientes. Sobre este segmento, pode ler-se no relatório que o ano passado foi marcado pelo “crescimento dos ativos sob supervisão (ativos sob gestão, custódia, serviço de depositário e depósitos), não obstante a evolução negativa dos ativos sob gestão, condicionados pelo desempenho dos mercados financeiros”.

Para esta evolução foram "determinantes a captação de novos clientes e o reforço do envolvimento dos atuais clientes nas diversas soluções disponibilizadas pelo Banco Carregosa, nomeadamente aquelas que são complementares da oferta tradicional de banca privada, numa abordagem holística de Global Wealth Management, tais como os serviços de depositário de organismos de investimento coletivo, as soluções corporate e a assessoria patrimonial”.

Segundo a instituição financeira, a sua oferta de produtos e serviços tem vindo a ser complementada com a “distribuição de fundos de capital de risco e imobiliários, ofertas públicas de obrigações e oferta temática e pontual, para aproveitar a conjuntura de mercado a cada momento”. Destaca-se ainda o lançamento de estratégias de investimento no segmento obrigacionista, orientadas para clientes de perfil mais conservador, “depois de um longo período de menor interesse por esta classe de ativos”.

Sociedade gestora de OIC

Finalmente, sobre a sociedade gestora de fundos do grupo, a Carregosa SGOIC, fica patente no relatório que os ativos sob gestão atingiram, no final do ano, o montante aproximado de 117 milhões de euros, o que se traduz num aumento de 60% face ao final de 2022. “No horizonte da sua ambição está ainda o prosseguir com a criação de mais fundos, organizados com vocações especificas no que respeita às funções que operam nos bens imobiliários que adquire”, pode ler-se no relatório. Além disso, em 2023 está ainda previsto “que se possa iniciar a oferta de organismos de investimento mobiliário em estreita articulação com a equipa de gestão de ativos”.