O fundo índice que segue o PSI-20 e que o supera nos últimos seis meses

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hom26, Flickr, Creative Commons

O índice nacional nos últimos seis meses  (entre final de novembro de 2014 e o término de maio de 2015) apresentou uma valorização de 12,81%, um valor positivo tendo em conta as desvalorizações crescentes que o índice foi vivendo no verão passado.

Na análise da categoria de Fundos de Ações Nacionais definida pela APFIPP denota-se que nenhum dos fundos pertencentes à lista da Associação conseguiu ir mais além da valorização do índice nos últimos seis meses, tendo sido o Millennium Acções Portugal o produto a ficar mais próximo dessa “meta”, com uma rentabilidade de 12,81%.

Inevitavelmente os termos gestão passiva e fundos de índice fazem imediatamente ressoar as campainhas de uma questão que tem estado em voga nos últimos meses. Gestão passiva vs Gestão Activa: quem ganha?

No mercado nacional existe um fundo da BBVA Asset Management que, segundo a descrição do próprio fundo, “tem como objetivo a reprodução integral do PSI 20”. Falamos do BBVA PPA Indice PSI20 que para a APFIPP é o único nome que pode ser incluído na categoria de “Fundos Índice”. Precisamente os dados da Associação mostram que o produto consegue alcançar os 14,30% de retorno no último semestre, superando assim os ganhos do índice bolsista português no período analisado.

A Morningstar, na sua página online, indica que no final de abril a carteira do produto apresentava nas cinco maiores posições um futuro sobre o PSI-20, seguindo-se depois os títulos que naturalmente coincidem com as empresas que “mais pesam” no benchmark: Galp Energia, Jerónimo Martins, BCP e EDP.

Gestão passiva a dar cartas e a obter resultados

Recorde-se que ultimamente a gestão passiva tem “andado nas bocas do mundo” e os fluxos de entrada em ETFs têm atingido níveis record, principalmente na Europa. A iShares (entidade gestora de fundos passivos pertencente à BlackRock), que nos últimos prémios Morningstar foi a gestora que mais prémios arrecadou, prevê mesmo que em meados de 2019 os ETFs europeus ultrapassem a fasquia de 1 bilião de dólares.

Também numa sessão conjunta realizada recentemente entre a PwC, a Morgan Stanley e o Deutsche AWM se evidenciou a crença no crescimento da gestão passiva, apoiada sobretudo pelas mudanças regulatórias futuras.