O fundo soberano norueguês recupera o bilião de euros de património após registar em 2020 uma rentabilidade de 10,9%.
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O fundo soberano norueguês publicou recentemente os seus resultados correspondentes a 2020. Um ano muito complicado do ponto de vista social e económico, mas que teve um desempenho melhor do que o esperado para os mercados de valores, que negoceiam nos seus números os enormes planos de estímulos anunciados tanto por bancos centrais como por governos.
“Apesar de a pandemia ter marcado o ano de 2020, foi outro bom ano para o fundo. A rentabilidade global do fundo em 2020 foi a segunda mais alta desde 1998 medida em coroas. Não obstante, a elevada rentabilidade também nos recorda que o valor do mercado do fundo poderá variar muito no futuro”, afirma o Presidente do Conselho Executivo, Øystein Olsen.
Em concreto, o fundo despediu-se do último exercício com uma subida de 10,9% devido sobretudo ao bom comportamento da sua carteira de ações, que representa mais de 72% do seu património de 10,914 biliões de coroas norueguesas (1,03 biliões de euros).
O que funcionou e o que não funcionou
De facto, a carteira de ações registou uma rentabilidade de 12,1% enquanto a de obrigações ficou-se pelos 7,5% compensando assim a queda de 0,1% que teve a sua alocação a bens imóveis não cotados. O bom comportamento da carteira de ações deveu-se ao rendimento obtido pelas posições que têm em tecnologia. De facto, segundo a apresentação que se realizou na Norges Bank Im, a gestora encarregue do fundo, os maiores contribuidores para a rentabilidade do fundo foram valores deste setor.
“As empresas tecnológicas obtiveram a maior rentabilidade em 2020, com retorno de 41,9%. Isto deve-se principalmente ao facto de pandemia ter provocado um aumento massivo da procura por produtos para teletrabalho, telescola, comércio e entretenimento online”, afirma Tangen.
Desde a sua criação em 1998, o fundo só fechou um ano com perdas cinco vezes, o último deles foi em 2018, um dos piores anos para o mercado e no qual foram excecionais os produtos que conseguiram colmatar as perdas. Pelo contrário, fechou com subidas 17 anos dos 22 de vida do fundo, o que deixa a sua rentabilidade anualizada desde o lançamento nos 6,3%.