O medo que estes seis gráficos do mercado de obrigações dão

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Obrigações "decapitadas", correções surpresa e rentabilidades negativas em emissões corporativas. Seis zonas do mercado que dão mais medo nesta época de Halloween, selecionadas pela M&G Investments.

1. Atenção aos turistas que entram em high yield

A caça por rentabilidade em obrigações aumentou os números de turistas que se aventuram nos mercados menos explorados, como o high yield. Muitos investidores largaram as emissões investment grade para capturar os 12% e 9% que deram os índices de high yield americano e europeu este ano. Mas esses números de dois dígitos não aconteceram sem sustos.

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2. A decapitação das obrigações argentinas

A derrota nas eleições argentinas do candidato favorito dos mercados, Mauricio Macri, vencido pelo candidato populista Alberto Fernández, desencadeou a decapitação das obrigações argentinas. O seu preço desceu para metade nos últimos 12 meses.

Um caminho completamente diferente seguiram as obrigações da Áustria: uma emissão com duração de 50 anos duplicou o seu valor após o rally das obrigações este ano.

Quem disse que as obrigações são aborrecidas?

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3. O susto que ainda não foi sentido nos EUA

As notícias da guerra comercial cada vez têm menos impacto nos mercados, mas e se o susto nos Estados Unidos ainda estiver por vir? Elizabeth Warren encabeça as sondagens para ser a candidata dos Democratas às presidenciais do ano que vem. A sua postura com o comércio é ainda mais dura do que a de Trump.

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4. O que é preciso suportar para conseguir uma rentabilidade positiva em obrigações

Já lá vão os tempos em que as obrigações davam rentabilidade positiva, tempos esses nos quais as obrigações eram a base de uma estratégia income. Agora na Alemanha, em França, no Japão e no Reino Unido as obrigações governamentais negoceiam com yields negativas, que vão até às obrigações a 30 anos.

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5. Pagar por emprestar dinheiro... a uma empresa?

A dívida a taxas negativas está a expandir-se no mundo corporativo. Já são 1 bilião de euros em obrigações que não dão rentabilidade. E o que dá mais medo...é que estão na parte baixo do investment grade.

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6. Nunca o mundo tinha estado tão endividado

Um dado aterrorizante: a dívida total (pública e corporativa) à escala mundial nunca mostrou níveis superiores. E se olharmos unicamente para a dívida pública, apesar de o seu auge ter acontecido durante e depois da Segunda Guerra Mundial, o endividamento dos Governos encontra-se na sua quota mais elevada em tempos de paz.

Se tomarmos o Reino Unido como exemplo podemos observar que, desde o século XVIII, aconteceu um aumento no endividamento sempre que o país necessitou de financiamento para guerras ou conflitos.

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