O panorama das cotadas que ‘encheram as medidas’ aos fundos nacionais

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Rbanks, Flickr, Creative Commons

O PSI-20 terminou 2014 nos 4.798,99 pontos, ou seja, bem longe da casa dos 6.000 pontos por onde rondou durante 2013. Segundo dados da CMVM, no final de 2014 a valorização do índice tinha caído 26,8% comparando com o fecho de 2013.

O ano passado dispensa obviamente explicações quanto ao que aconteceu à bolsa nacional. Ainda assim, importa perceber quais os títulos nacionais, mas também internacionais, que mais “interessaram” aos fundos de investimento mobiliários nacionais.

Compilando os dados do Regulador, percebe-se que a preferência dos fundos em termos da bolsa nacional foi principalmente disputada entre dois valores: o BCP e a Sonae SGPS.  

BCP na frente

O BCP liderou em termos de peso nos portfólios dos FIM nacionais durante quatro meses consecutivos: de fevereiro a maio. Durante esse período o investimento que os fundos executaram em ações do banco cotado estiveram na casa dos 30 milhões de euros, tendo em abril sido no entanto atingido um investimento de 38,9 milhões de euros, altura em que o título representou 11,3% das carteiras dos produtos. Recorde-se que durante o ano passado o Banco Comercial Português conseguiu reduzir os prejuízos do seu balanço, chegou a acordo em relação a operações importantes, como a venda da Millennium Gestão de Activos, e ainda cancelou os empréstimos obrigacionistas garantidos pelo Estado.

Outro dos títulos mais apreciados pelos fundos nacionais foi a Sonae SGPS, que chegou a liderar a preferência dos veículos, nomeadamente logo no início do ano, em janeiro (compunha 9,4% das carteiras), e nos meses de junho e julho, altura em que perfez 8,6% e 8,9% dos portfólios, respetivamente.  A retalhista terminou mesmo 2014 no patamar de empresa cotada preferida dos fundos, ocupando 10,4% das carteiras em dezembro.

Durante 2014 destacam-se ainda outras cotadas nas quais os fundos de investimento colocaram mais dinheiro: integram esse rol Banco BPI, a Galp, e Mota-Engil.

Apple no topo das preferências

No que diz respeito ao investimento no mercado da União Europeia, as informações da CMVM mostram que a instituição financeira espanhola Bankia liderou nas preferências, a par da Total Efina e da Bayer AG.

Fora da União Europeia, a tecnológica Apple liderou na maioria dos meses, a par da empresa Roche.