“O processo de investimento do fundo assenta na partilha de conhecimento entre as várias classes de risco”

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Nuno Coimbra

São 19 anos de experiência que permitem a João Zorro, gestor do premiado Espírito Santo Rendimento Plus, traçar com segurança alguns pontos chave que fizeram do produto o Melhor Fundo Nacional de Obrigações Euro, para a Morningstar.

Destaco a flexibilidade de gestão, que torna o fundo capaz de tomar decisões de investimento em qualquer classe de risco de obrigações – dívida pública, corporate investment grade, high yield, mercados emergentes, convertíveis...podendo inclusive cobrir o risco através dos mais variados tipos de ativos – índices de ações, taxa de juro, cambial e derivados de crédito”, começa por explicar o gestor, em declarações à Funds People. Para o líder da área de obrigações da ESAF, todas estas componentes do produto têm o propósito de “adaptar a estratégia do fundo às mais variadas situações de mercado”. Sublinhe-se que em 2013, a rotação da carteira do fundo foi de cerca de 7 vezes.

Partilha de conhecimento

Como já é destacado anteriormente pela enumeração de classes de risco, “o universo potencial de investimento do fundo é vasto”. Por isso João Zorro acrescenta que “o processo de investimento está assente na partilha de conhecimento entre as várias classes de risco, por especialistas”. Referindo a predominância da análise fundamental na alocação de ativos, o profissional enfatiza “a discussão acerca do atual enquadramento de investimento (quadro de referência macro, apetite por risco, liquidez, políticas dos bancos centrais, valor relativo entre classes de risco) e das oportunidades que surgem”, que são essenciais na definição da estratégia e dos respetivos meios de execução.

Subida das taxas de juro: tema quente

Confiante no futuro, João Zorro revela que está satisfeito com o percurso do fundo em 2014. “Somos da opinião que até ao final do ano, as condições favoráveis ao investimento no tipo de ativos que o fundo investe, continuarão a proporcionar rentabilidades atrativas”, acredita. O possível início do ciclo de subidas das taxas de juro nos EUA, porém, é  “o tema mais “quente” e que poderá trazer um período de volatilidade”. O gestor fala no “possível” início, porque “até agora, os dados macroeconómicos nos EUA permitem manter a atual política monetária em “stand-by” por mais tempo”, conclui.