Dries Dury, gestor de ações fundamentais da DPAM, conta que o setor das tecnologias da informação representa atualmente cerca de 40% do fundo, peso que reduziu ligeiramente ao longo do ano.
A equipa do DPAM B Equities NEWGEMS Sustainable gosta de dizer que são macro conscientes, mas não são macro investidores. A sua estratégia multitemática concentra-se em empresas inovadoras com crescimento de qualidade expostas a tendências seculares, como a nuvem, inteligência artificial, ciências da vida, tecnologia médica e eficiência energética.
“As empresas em que investimos costumam oferecer produtos de missão crítica, o que garante uma procura muito recorrente. Essas características, juntamente com margens elevadas, poder de fixação de preços e baixa alavancagem financeira, aumentam a resiliência a uma recessão”, explica Dries Dury, gestor de ações fundamentais da DPAM.
Para gerir o risco da carteira, utilizam uma abordagem barbell. Isto significa que compensam o risco acrescido de investir em empresas mais pequenas e de crescimento mais rápido com empresas mais maduras e maiores. “Hoje ainda estamos ligeiramente inclinados para o lado de menor risco do nosso leque”.
Últimas alterações no portefólio
O setor das TI representa atualmente cerca de 40% do fundo, peso que diminuiu ligeiramente ao longo do ano. “Dada a subida significativa das empresas de tecnologias de informação apoiadas por IA, obtivemos ganhos significativos neste setor. Em particular, desde maio temos vindo a recolher progressivamente alguns ganhos em ações ligadas aos semicondutores (ao contrário do ano passado, quando duplicámos a nossa exposição após as vendas massivas). No entanto, a nossa seleção de software, que agora tem mais do que o dobro do peso da nossa seleção de semicondutores, foi expandida gradualmente ao longo do ano”, revela Dury.
Dentro do setor de software, obtiveram alguns ganhos com empresas de grande crescimento (empresas que aumentam as suas receitas com um crescimento composto anual de mais de 20%), retiraram do fundo duas empresas (Keyword Studios e Twilio), mas adicionaram outras duas de aquisição de software vertical defensivo: Roper Tech e Topicus. Também reforçaram a sua posição na Microsoft.
Fora do setor das TI, adicionaram ações do lado de menor risco da sua abordagem barbell, como a Airbnb, Cellnex, London Stock Exchange, Rightmove, e algumas empresas de pequena e média capitalização menos conhecidas, como a Doximity, a IMCD e a Nordic Semi. Recentemente, começaram a aumentar a sua exposição às ciências da vida, uma vez que veem valor nesse subsegmento dos cuidados de saúde.
“Acreditamos que as ações de qualidade voltaram em grande parte a avaliações justas em relação ao mercado mais amplo, por isso o seu desempenho no curto prazo deve vir de um crescimento mais forte dos lucros. A longo prazo, estamos otimistas em relação a muitas das tendências inovadoras em que estamos a investir”, conclui.