O risco sistémico em Portugal e na Zona Euro

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vecdeal, Flickr, Creative Commons

O mais recente risk outlook traçado pela CMVM permite indagar sobre alguns dos diferentes riscos referentes ao sistema de crédito e à economia europeia em geral. Em primeira análise importa referir que os desenvolvimentos observados em vários segmentos de mercado estão refletidos em dois indicadores de risco sistémico produzidos pelo BCE: o Composite Indicator of Systemic Stress (CISS) e o Sovereign CISS (SovCISS).

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O CISS português, como é descrito no documento, apresenta uma desconexão da restante área europeia tanto no início de 2012, como na segunda metade de 2014. Para o regulador a conclusão é óbvia: estes dados “assinalam um elevado risco sistémico nos mercados portugueses” no período. No entanto, como se pode verificar no gráfico abaixo, no terceiro trimestre de 2016, ambos os indicadores (português e europeu) “seguiram um caminho e valores semelhantes, o que sugere uma elevada correlação entre Portugal e os seus homólogos da zona euro”.

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Em Portugal, os grandes contribuidores para este indicador são “os intermediários financeiros e o mercado de ações, o que mostra claros sinais das fragilidades do sector bancário”.

O stress soberano da área euro, indicam da entidade, continua deprimido. No caso de Portugal, reportam que o SovCISS sofreu um aumento em fevereiro de 2016 e alcançou níveis mais elevados ao longo do ano do que em 2016.

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