O trio que lidera nos últimos três anos nos fundos de curto prazo

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Lif.., Flickr, Creative Commons

Os fundos de curto prazo – anteriormente denominados de tesouraria - , segundo a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP, englobam todos os produtos que investem em “ativos de elevada liquidez, sendo que mais de 50% dos ativos em carteira devem ter prazo de vencimento residual inferior a 12 meses”. Com estas condições, a Associação encontra uma dezena de produtos que nos três anos anteriores a 24 de junho passado registam uma rendibilidade média anualizada a rondar os 0%, segundo os dados disponibilizados pela Associação.

Da dezena de produtos, aquele que regista melhor performance no período em questão é o Banif Euro Tesouraria que é gerido pela Banif Gestão de Activos. Trata-se, também, de um produto cinco estrelas para a Morningstar e no período em análise atinge ganhos anualizados de 1,18%, sendo o único produto que supera a linha de 1% de rendibilidade no último triénio. Segundo os dados presentes na Morningstar, cerca de um terço da carteira está aplicada em dívida pública nacional, sendo assim o maior ativo em carteira.

Com uma rendibilidade próxima de 1% surge, logo depois, o fundo NB Tesouraria Ativa. O fundo é da responsabilidade de Amit Maugi, da GNB Gestão de Ativos, e registou ganhos de 0,93%. Segundo a ficha do produto, publicada pela entidade gestora, no final de maio, as obrigações corporate representavam cerca de 58% da carteira com as soberanas a fixarem a sua posição em 29% do total investidor. Em termos de ativos sob gestão, o fundo geria mais de 39 milhões de euros no final de maio. Ainda segundo o mesmo documento, referente ao mês de maio, pode ler-se que o fundo beneficiou no mês passado com a “exposição a ativos do sector financeiro e a dívida pública de curto prazo”, além de ter saído a ganhar com a “redução da yield da dívida pública alemã”.

A fechar o top 3 vem o fundo Banco BIC Tesouraria que está denominado em euros. Gerido pela Dunas Capital, o fundo regista ganhos de 0,87% nos três anos anteriores a 24 de junho. Tal como o líder deste segmento, também este fundo é classificado como cinco estrelas por parte da empresa de análise. O fundo é gerido por Pedro Alves - juntamente com Pedro Fernandes – e no final do ano de 2014 afirmou à Funds People que "a seleção de ativos numa perspetiva de curto prazo depende da aversão ao risco em cada momento, do perfil de risco-retorno a nível individual e do ‘fit’ na carteira”. O fundo gere cerca de 30 milhões de euros, com títulos de dívida corporativa a dominarem grande parte da carteira.

Fundos de Curto Prazo no último triénio

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Fonte: APFIPP a 24 de junho