O triunfo da rodela de pepino

Quando uma rodela de pepino nos surge no pensamento, ou na tábua de cozinha, muito provavelmente a ideia imediata não nos remete para uma salada fresquinha, mas antes... para um copo de gin. Franziu o sobrolho? Continuemos então a compor este cocktail.

Claro que nem todos os gins se servem acompanhados pelos mesmos ingredientes, mas arriscaria dizer que a moda começou por aqui, pela rodela de pepino, e é certo que num relativo curto espaço de tempo teve um crescimento significativo; a moda, não a rodela.
O copo de pé alto, de balão, passou a aconchegar um sem número de combinações, casando o gosto pessoal com o tipo de gin; a rodela de pepino ainda será "quem mais ordena", mas casca de laranja, maçã verde, pau de canela, folha de hortelã ou pimenta moída, são já "frequentadores habituais" de um copo de gin. 
À diversidade cada vez maior juntou-se a vontade de conhecimento. Com a moda surgiram, além dos bares especializados em gin, os workshops e as provas, complementares ao aumento e diversidade de exemplares de gin nas garrafeiras (ou todas aquelas garrafas – algumas bem distintas - estiveram sempre lá e nunca reparámos). O gin, tal como o vinho, também tem diferentes características aromáticas... mais citrinos, mais floral, mais herbal... e pode ser mais ou menos suave, amargo, ou encorpado. E o saber, como tão bem se diz, não ocupa lugar, e, neste caso, fica muito bem entre a quantidade certa de gelo, a água tónica que não adultera sabores e umas bagas de zimbro.