O ranking completo das gestoras de património nacional em setembro

Lisboa Portugal
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No terceiro trimestre deste ano, a Comissão Mercado Valores Mobiliários (CMVM) divulgou o montante dos ativos sob gestão de patrimónios de cada entidade gestora e a respetiva quota de mercado. Estes dados revelaram variações significativas e curiosas em várias entidades gestoras de patrimónios. Através da tabela divulgada pela CMVM, vamos analisar com mais detalhe essas alterações e esclarecer as variações mais significativas, tendo em conta o período homólogo e o segundo trimestre deste ano.

O montante total dos ativos geridos pelas entidades gestoras em Portugal este ano diminui 28% em relação ao mesmo período no ano passado, o que representa um decréscimo no valor de ativos geridos de 18 mil milhões de euros. O valor em setembro fixou-se em 48.356 mil milhões de euros, já em setembro de 2019, o valor fixava-se em 66.702 mil milhões de euros.  As entidades que contribuíram mais significativamente para este decréscimo foram a Caixa Gestão de Ativos e a BPI Gestão de Ativos.

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Fonte: CMVM

Existe uma justificação para a Caixa Gestão de Ativos ter diminuído 57% os seus ativos geridos face ao período homólogo, nomeadamente o “levantamento parcial de um cliente institucional de grande dimensão”, o que representou, na prática, uma reclassificação da tipologia de serviço de gestão de um cliente com património muito relevante. Na mesma linha, a BPI Gestão de Ativos diminui também em 57% o valor gerido face ao mesmo período no ano 2019, o que se deve principalmente à transferência de carteiras de seguros para a BPI Vida e Pensões.

Em sentido contrário, as sociedades gestoras que registaram um aumento mais expressivo nos montantes de valores geridos, em relação ao ano passado, foram o Banco Invest – que o valor dos seus ativos sob gestão aumentou 3,5 milhões de euros (58% face ao período homólogo), o Haitong Bank – com uma variação positiva de 40% em relação ao ano passado e, a Dunas Capital – Gestão de Ativos – com um incremento de 38% no valor dos seus ativos geridos face a 2019.

No que concerne à quota de mercado, a entidade BMO Portugal – Gestão de Patrimónios foi a entidade que registou uma variação anual de quota mais elevada, sendo que esta variação significou um aumento de 7,53 pontos percentuais na sua quota de mercado como consequência do decréscimo verificado nos ativos de duas das suas principais concorrentes.

Segundo os últimos dados disponíveis pela CMVM, as três entidades com maior quota de mercado em solo nacional eram a BMO Portugal – GA com 30,4% de quota de mercado, de seguida a Caixa Gestão de Ativos detém 20,2% de quota e, por fim, a Santander Asset Management com 11,8% do mercado nacional.