Obrigações estrangeiras continuam a ser o ativo com mais peso nos OICVM

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TooSour, Flickr, Creative Commons

À semelhança de outros segmentos, a gestão de fundos mobiliários nacionais no primeiro trimestre do ano refletiu a natural queda dos mercados. As aplicações feitas por estes produtos de investimento, claro, acabaram por refletir essas variações menos positivas, consequentes principalmente das quedas das duas semanas de final de março, revela o relatório de gestão de ativos da CMVM.

UPs de fundos estrangeiros destacam-se

As unidades de participação de fundos estrangeiros mantiveram-se como um dos investimentos que reúnem o maior montante sob gestão. O recuo face a dezembro não foi assim tão grande em termos absolutos – menos 426,4 milhões de euros – tendo terminado a rubrica com quase 3.500 milhões de euros no final de março. As unidades de participação destes fundos pesam já quase 30% no agregado das carteiras.  

Desde o início do ano uma nota importante relativamente a esta rubrica: as unidades de participação dos fundos estrangeiros apresentam um crescimento superior a 7% desde março de 2019.

As obrigações estrangeiras, por sua vez, mantiveram-se como o ativo com maior peso nas carteiras, e são já mais de 3.600 milhões de euros alocados a esta rubrica. O seu decréscimo em termos trimestrais foi bastante diminuto (-0,5%), e em termos anuais o ativo ultrapassa os 17% de variação. No agregado das carteiras de fundos mobiliários, a sua preponderância é de 30,5%, o que compara com os 26,2% de um ano antes. 

Sendo evidente que as obrigações corporativas foram uma classe de ativos penalizada no mês de março, proporcionando agora rentabilidades mais interessantes em termos relativos, será possível ler nestes números uma de duas hipóteses: ou os investidores aproveitaram para reforçar nesta classe de ativos ou os alocadores/gestores assim o fizeram em nome dos seus clientes. De qualquer maneira é notável o comportamento destas rubricas no universo de fundos nacionais. 

Confira as restantes aplicações executadas pelos fundos mobiliários, no final do primeiro trimestre:

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