OICVM continuam a olhar para a SONAE SGPS como cotada predileta

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victor_nuno, Flickr, Creative Commons

Outubro trouxe uma mudança de tendência no valor sob gestão dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM). Os dados agora divulgados pela CMVM apontam para um crescimento de 3% neste montante, para os 8.643,4 milhões de euros, ou seja mais 254,3 milhões de euros do que em setembro. No que toca aos fundos de investimento alternativo o montante gerido evoluiu em sentido contrário, decrescendo no período 0,1% para os 2.698,6 milhões de euros.

Três fundos liquidados: dois alternativos e um poupança ações

No que diz respeito ao universo de fundos disponível em Portugal em outubro verificou-se a liquidação de três produtos, pertencentes a três casas gestoras: o fundo de poupança em ações BBVA PPA Índice PSI 20, gerido pela BBVA Gest, o fundo de investimento alternativo de obrigações Popular Objectivo Rendimento 2015, da Popular Gestão de Activos e, por fim, o fundo de investimento alternativo de obrigações NB Rendimento Fixo IV, gerido pela GNB Gestão de Ativos.

Contas feitas, no final de outubro existiam no mercado nacional 148 OICVM, e 40 fundos de investimento alternativo.

Cresce o investimento em ações nacionais

No que toca às preferências dos fundos pelas cotadas nacionais, as novidades escasseiam e a SONAE SGPS mantém-se detentora do troféu de empresa preferida destes produtos. No mês de outubro, apesar do investimento efetuado na retalhista ter caído 3,5%, a empresa manteve-se no lugar cimeiro das preferências perfazendo 8,9% do total das carteiras dos fundos, o que em termos monetários equivale 19,9 milhões de euros de investimento.

Nas preferências seguiu-se a NOS SGPS – que assistiu a um crescimento de 19,8% por parte de investimento dos fundos  - “pesando” no final de outubro 7,8% das carteiras, o que se traduz em 17,6 milhões de euros de montante aplicado. O BPI fecha o top3: o Banco nacional tem uma preponderância de 7,3% nas carteiras destes veículos, o que perfaz um montante investido de 16,4 milhões de euros.

Uma das novidades do mês passa ainda pelo maior investimento em ações nacionais, segundo o que revela a CMVM. Em outubro registou-se um crescimento de 6,3% no investimento nas cotadas portuguesas, que em termos monetários se cifrou em 224,8 milhões de euros.

Fora de portas

No que toca ao mercado dentro da União Europeia é a Siemens a cotada que mais faz “brilhar os olhos” dos fundos nacionais, que no final do mês de outubro investiam 12,8 milhões de euros na tecnológica. Fora da União Europeia, por seu turno, as novidades são poucas.  A gigante norte-americana Apple continua a ser a empresa preferida das estratégias portuguesas, que alocam 13,8 milhões de euros nas suas carteiras à empresa tecnológica.

Relativamente à evolução das principais gestoras, a informação da CMVM mostra que a Caixagest se mantém, invariavelmente, na liderança do mercado, com uma quota de 36,6%, e uma variação mensal de 0,2 p.p. Segue-se no segundo posto a BPI Gestão de Activos, com uma quota de mercado de 20,1%, tendo-se verificado no período um incremento de 0,79 p.p. A Santander Asset Management, no terceiro posto, arrecada uma quota de mercado de 13,9%.