O quinto mês do ano terminou com rota ascendente por parte do mercado nacional de fusões e aquisições. De acordo com o relatório publicado pela Transactional Track Record, registou-se um total de 19 operações, menos uma que no mês de abril, mas com um volume de 9,2 mil milhões de euros. Este valor foi impulsionado, quase na sua totalidade, pela OPA lançada pela China Three Gorges sobre a EDP, uma operação que está avaliada em 9,1 mil milhões de euros.
Nos primeiros cinco meses do ano, o mercado nacional de fusões e aquisições conta já com 113 negócios anunciados, cujo montante total ascende a mais de 12,3 mil milhões de euros – valor que corresponde a um crescimento de 88,4% face ao período homólogo de 2017. O sector imobiliário, apesar do decréscimo de 21% no período em questão, mantém-se como o sector mais preponderante, contando com um total de 27 operações, seis delas durante o mês de maio. No quinto mês do ano, por outro lado, os sectores elétrico, financeiro e seguros registaram um total de três operações cada.
No que diz respeito a operações cross-border inbound, o relatório revela que, desde o início do ano, se registaram um total de 47 operações. A Espanha é o país com maior preponderância, contando com 15 operações e um volume total investido de 1,5 mil milhões de euros. Segue-se a França, cujo investimento total atingiu os 305 milhões de euros, que resultou de oito operações. Os sectores imobiliário e tecnológico surgem em destaque, ambos com um total de 13 operações cross-border inbound nos primeiros cinco meses do ano.
Venture Capital novamente em destaque
O segmento de Venture Capital continua em crescimento, sendo que, apesar de ter registado apenas duas operações, movimentou cerca de 9,29 milhões de euros no mês de maio. Este montante, de acordo com o relatório divulgado, resultou das “rondas de investimento das startups THE HUUB, que recebeu aporte fundo Pathena, e a Dashdash, que recebeu uma injeção de capital em uma ronda Série A liderada pela norte-americana Accel Partners, com participação da Cherry Ventures, da Atlantic Labs e de investidores particulares”.
Desde o início do ano, os sectores tecnologia e internet foram os preferidos por parte dos fundos de venture capital, com nove e cinco operações, respetivamente.
No que respeita ao investimento de private equity, o cenário é bastante “morno”, tendo-se registado duas operações em maio e cujos valores não foram mencionados. Nos primeiros cinco meses do ano registaram-se nove operações, tendo o montante global ascendido a cerca de 469,9 milhões de euros.