Os fundos mais conservadores voltaram a ganhar força no sétimo mês do ano, mas, ao mesmo tempo, os investidores não deixaram de lado as opções mais arriscadas.
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Ao contrário do que tem acontecido nos últimos tempos, julho pode dizer-se que foi um mês de alterações na lista dos 10 fundos estrangeiros mais subscritos nas três plataformas nacionais.
Rui Castro Pacheco, head of asset management, do Banco Best, inicia a sua análise precisamente enunciando que “neste mês o top de subscrições é um pouco mais conservador, com 5 fundos de investimento em obrigações, um misto e os restantes 4 a apostarem em ações”. Ao nível da componente obrigacionista, apresentam-se “3 apostas bastantes recorrentes, que continuam a trazer retornos interessantes aos investidores”. São elas: “o fundo de High Yield global, gerido pela Axa, o fundo de High Yield americana, gerido pela Allianz e o fundo de gestão flexível e dinâmica gerido pela Jupiter, que este mês entra para o TOP “em duplicado”… na vertente de distribuição de rendimentos (Inc – Income) e na vertente de acumulação (Acc – accumulation)”, explica. Em “estreia” no top figura o DWS Euro Bonds Short, o fundo de obrigações gerido pelo DWS, “que aposta numa gestão de baixa volatilidade/baixo risco ao apostar em dívida de qualidade, maioritariamente emitida por governos e apenas em ativos já com uma maturidade reduzida”.
Fundos novos, mesma tendência
Também Isabel Soares, do Banco BiG, explica que “o mês de julho trouxe algumas novidades em termos de fundos mais subscritos, ainda que tais alterações não consubstanciem uma inversão drástica em termos de tendência”. A gestora de produto da entidade explica que “os investidores mantêm alguma tolerância ao risco e continuam a privilegiar soluções que permitam a exposição ao segmento accionista (dos 10 produtos apresentados, 6 são fundos de acções)”. Nas obrigações, Isabel Soares relata que “os investidores privilegiaram estratégias com exposição a blocos soberanos periféricos (nomeadamente através dos fundos BNY Mellon Euroland Bond ou Blackrock Euro Bond)”. Acrescenta que o facto de “estas alocações poderem estar, nesta fase, menos sensíveis a movimentos nas taxas de juro (por terem sido alvo de reestruturação e reordenação diferenciados) tem sido fundamental para justificar os inflows registados”.
Serenidade nos mercados
Do ActivoBank, Teresa Siopa, lembra que “julho fica caracterizado pela serenidade e pouca volatilidade nos mercados”. “Ainda assim, as medidas do BCE e a notícia de programas de estímulo económico na Espanha e Itália atraíram os investidores para fundos relacionados com ações e dívida europeia”, explica, referindo que “simultaneamente os dados macroeconómicos chineses divulgados em junho, sugerindo uma melhoria na economia e o anúncio de novas medidas expansionistas repercutiram-se na escolha dos nossos investidores”.
Voltando ao Banco Best, e num patamar intermédio, Rui Castro Pacheco, nomeia a presença do Nordea Stable Return, “um fundo misto que investe em vários tipos de ativos, mas sempre com a preocupação de preservação de capital”. Ao nível dos fundos de ações, que durante este mês diminuíram a sua presença, aparecem os habitués. “Temos os recorrentes Alken e Schroder que investem em ações europeias. Para além destes, temos um fundo gerido pela Pioneer que também investe em ações europeias, mas com a particularidade de investir em empresas de média capitalização e com um bom potencial de aproveitar a recuperação económica que vai acontecendo no espaço europeu”. A fechar o top de mais subscritos da entidade, destaque ainda para o Franklin Mena, que “investe em empresas da região do Médio Oriente e Norte de África.”
Geografias distintas
No Banco BiG, em termos geográficos, Isabel Soares, assinala que “as atenções continuam a recair em áreas geográficas como a Europa (o fundo JPMorgan Europe Equity Plus, que voltou a integrar a recomendação Fund Advisor, encabeça a lista de fundos mais subscritos no mês), Mercados Emergentes ou Ásia (aqui o destaque vai para o fundo Schroders Asian Equity Yield, que passa a constar da listagem após inclusão em algumas carteiras Fund Advisor)”.
Finalmente da entidade destacam “o volume de subscrições registado no fundo PIMCO Total Return Bond”, lembrando ainda que apesar da entidade PIMCO “ter sido apenas incluída na nossa oferta na segunda metade do mês de Julho, a escolha do produto para complementar a recomendação de uma das carteiras Fund Advisor potenciou inflows significativos no mesmo”.
TOP TEN DOS FUNDOS MAIS SUBSCRITOS EM JULHO NAS PLATAFORMAS
|
Best |
ActivoBank |
BiG |
1 |
AXA World Funds Global High Yield Bonds E Capitalisation EUR hedged (95%) |
UBS(Lux) SF Yield (EUR) N Acc |
JPMorgan Europe Equity Plus Fund |
2 |
Jupiter JGF Dynamic Bond L EUR Inc |
Invesco Greater China Equity Fund E |
Fidelity Funds - Iberia Fund |
3 |
Alken Fund European Opportunities-A |
SISF Euro Equity B |
BNY Mellon Euroland Bond P |
4 |
Allianz US High Yield AM (H2-EUR) EUR |
Fidelity Funds European High Yield A |
Schroders ISF Asian Equity Yield |
5 |
Schroder International Selection Fund European Dividend Maximiser B Dis |
Pictet Generics HR Eur |
BNY Mellon Emerging Markets Debt Lc Crcy |
6 |
Franklin MENA Fund N Acc €-H1 |
JPM Global Income D (Div) - EUR |
Fidelity Funds-Emerging Markets Fund |
7 |
Nordea-1 Stable Return Fund E EUR |
UBS (Lux) SF Balanced (Eur) N Acc |
Pioneer Funds European Potential |
8 |
DWS Invest Euro Bonds (Short) NC |
UBS (Lux) SF Growth (Eur) N Acc* |
Invesco Pan European Structured Equity |
9 |
Jupiter JGF Dynamic Bond L EUR Acc |
UBS(LUX) BS Brazil (USD) P Acc |
BlackRock Euro Bond Fund |
10 |
Pioneer Funds - European Potential C EUR ND |
PIMCO Gis High Yield Bond Acc Eur Hed E |
PIMCO Total Return Bond Fund |