Ásia em 60 segundos

Diogo Gomes UBS AM
Diogo Gomes. Créditos: Cedida (UBS AM)

TRIBUNA de Diogo Gomes, senior CRM da UBS AM para a Península Ibérica. Comentário patrocinado pela UBS AM.

Embora historicamente grande parte da Ásia esteja classificada como em desenvolvimento, a verdade é que a região está a recuperar muito rapidamente em relação aos mercados ocidentais e nos últimos 20 anos assumiu a liderança em setores fundamentais da economia global. Esta tendência deverá perdurar, o crescimento do PIB na Ásia é muito maior em comparação com os EUA e a Europa, e dado que o crescimento populacional também o é, esta diferença deverá alargar-se ainda mais no futuro. Mas também é relevante a qualidade desse mesmo crescimento. Enquanto as classes médias se encontram estagnadas nos EUA e na Europa, a Ásia  tem uma classe média em ascensão que sustenta o aumento de uma procura cada vez mais sofisticada. Em termos de investimento em investigação e desenvolvimento, de registo de novas patentes, a Ásia ultrapassou os EUA e a Europa. Todas estas tendências lançam as bases do crescimento económico futuro, dos avanços tecnológicos, e em última instância, das novas oportunidades de investimento.

Atualmente, se olharmos para as valorizações das ações asiáticas constatamos que estão abaixo da sua média histórica, e em termos relativos, muito mais atrativas de que no resto dos mercados. Recentemente houve uma grande divergência no comportamento entre os diferentes mercados asiáticos, enquanto a China teve um mau desempenho em 2021, essencialmente relacionado com temas regulatórios, outros países asiáticos destacaram-se positivamente. Temos atualmente uma preferência pelas ações asiáticas, particularmente Índia, Indonésia e Taiwan, e no segmento obrigacionista, consideramos que o setor de high yield asiático oferece umas valorizações muito interessantes.