Ativos reais cotados? Porquê agora?

Laura Donzella
Laura Donzella. Créditos: Cedida (Nordea AM)

TRIBUNA de Laura Donzella, responsável de Institucional e Distribuição Wholesale para a Península Ibérica, América Latina e Ásia na Nordea AM. Comentário patrocinado pela Nordea AM.

Os acontecimentos de 2022 mostraram claramente uma necessidade de mudança. A invasão por parte da Rússia na Ucrânia fez disparar a inflação para máximos históricos. Com a economia global num ponto de viragem, novas alternativas são urgentes para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e diminuir o uso da energia. Além de acelerar a mudança para a produção de energia renovável e alternativa, o mundo precisa de ser mais eficiente em termos energéticos. Ao mesmo tempo, precisamos de satisfazer as necessidades em mutação da sociedade para um futuro sustentável.

Identificar os líderes sustentáveis no espaço dos ativos reais será imprescindível para alcançar as mudanças que precisamos. Por isso, a Nordea Asset Management (NAM) integrou recentemente na sua gama de soluções temáticas ESG a estratégia Global Sustainable Listed Real Assets, em colaboração com a CBRE Investment Management (CBRE IM), uma reconhecida gestora de investimentos em ativos reais. Uma colaboração que se consolida, depois dos dois grupos começarem a colaborar em 2019 com a estratégia Global Listed Infrastructure.

Mas… porquê investir agora em ativos reais sustentáveis cotados?

Os ativos reais englobam tanto ativos imobiliários como infraestruturas. Combinados com uma componente de sustentabilidade, são cruciais para a transição ecológica. De facto, existe uma enorme oportunidade de investimento para as próximas três décadas, onde se prevê um investimento de 130 biliões de dólares dirigido às necessidades crescentes da sociedade no que respeita a ativos reais.

Os ativos reais não só sustentam as necessidades das sociedades em matéria de habitação, transporte, serviços públicos e infraestruturas de telecomunicações, como também oferecem o potencial para liderar a mudança ambiental. Embora as indústrias relacionadas com o desenvolvimento da infraestrutura e bens imobiliários sejam atualmente responsáveis por metade do total das emissões de carbono, estes setores representam também quase três quartos do investimento do capital atual em iniciativas globais de baixas emissões de carbono. As empresas de ativos reais estão na vanguarda da iniciativa de zero emissões líquidas, investindo em atividades sustentáveis como a instalação de painéis solares, a melhoria das linhas de transmissão para carregar carros elétricos e a melhoria da eficiência energética dos edifícios.

Além disso, as empresas de ativos reais cotadas superaram as ações globais durante os períodos de elevada inflação. Isto significa que podem ajudar a proteger carteiras contra a inflação graças às suas múltiplas vantagens:

  1. Fluxos de caixa estáveis

Estes  ativos têm normalmente rentabilidades contratuais ou reguladas, que proporcionam uma base sólida de estabilidade durante períodos de stress económico.

  1. Contratos a longo prazo ligados à inflação

Os valores imobiliários e os arrendamentos normalmente aumentam com o contexto geral de preços devido ao aumento dos custos de materiais e mão-de-obra. Enquanto isto ocorre, os fluxos de caixa e os valores dos ativos de infraestrutura têm frequentemente vínculos diretos ou indiretos com a inflação. Em ambos os casos, o aumento dos fluxos de caixa proporciona aos investidores um elemento de proteção contra a inflação.

  1. Dividendos em crescimento

É evidente que os projetos de desenvolvimento de infraestruturas e habitações não seguiram o ritmo das recentes alterações demográficas e sociais em muitas partes do mundo. São, portanto, necessários investimentos significativos para garantir que estes ativos estão à altura dos desafios que teremos pela frente. Este crescimento do investimento irá, consequentemente, favorecer o crescimento futuro dos dividendos.

  1. Um foco forte na sustentabilidade que assegure o futuro dos ativos subjacentes

Os ativos reais oferecem a oportunidade de mudanças reais, uma vez que são os responsáveis diretos pelo desenvolvimento das infraestruturas necessárias para construir as cidades do futuro. De igual forma, estes ativos apresentam um papel fundamental na mudança ambiental que necessitamos.

Liderando através do exemplo

É provável que nas próximas duas décadas se destinem mais de 2,7 biliões1 de dólares por ano em ativos tangíveis que apoiem a gestão ambiental, uma vez que as exigências de uma população em crescimento está a exercer uma enorme pressão nos recursos naturais globais. Dentro deste tipo de empresas encontramos a National Grid, proprietária de redes de transmissão elétrica no Reino Unido, que já estabeleceu uma despesa de capital de 30 a 35 mil milhões de libras esterlinas para assegurar o cumprimento dos objetivos de zero emissões líquidas

No âmbito social, Ventas, o REIT de cuidados de saúde diversificado com 1.200 propriedades nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, posiciona-se como um beneficiário-chave em temas como habitação para idosos, consultórios médicos, de nutrição e estilo de vida. 

Quanto aos serviços públicos, o grupo português de serviços elétricos EDP, destaca-se como um dos maiores produtores mundiais de energia renovável. Produzem energia para nove milhões de clientes e, embora pretendam abandonar toda a produção de carvão até 2025, planeiam operar a 100% com energia renovável até ao final da década. 

Os ativos reais oferecem um historial de fortes rentabilidades e oferecem a oportunidade de investir num futuro sustentável para a sociedade. À medida que enfrentamos desafios em múltiplas frentes (elevada inflação, crise energética e potencialmente o ponto de viragem nas alterações climáticas), os ativos reais sustentáveis cotados oferecem uma solução para a sociedade, o planeta e para a sua carteira. 

A estratégia Global Sustainable Listed Real Assets da Nordea foi precisamente criada para abordar todos estes aspetos2.


1 Fontes: Centro de Infraestrutura Global, Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA) y CBRE Investment Management, junho de 2021. A informação expressa reflete a opinião da CBRE Clarion, estando sujeita a modificações e não pretende ser uma previsão de acontecimentos futuros, uma garantia de resultados futuros ou uma recomendação de investimento.

2 Não há nenhuma garantia de que o objetivo de investimento, o retorno alvo e os resultados de um investimento sejam atingidos. O valor do seu investimento pode subir ou descer e poderá perder uma parte ou a totalidade do seu dinheiro investido.

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