No Chart of the Week desta semana, Pedro Carita, private banker do ABANCA, refere que qualquer que seja vencedor das eleições nos EUA é inevitável a desvalorização do dólar.
(O 'Chart of the Week' desta semana é da autoria de Pedro Carita, private banker do ABANCA.)
Fonte: Financial Times
Daqui a umas semanas assistiremos a uma das eleições presidenciais mais importantes das últimas décadas nos EUA, país a atravessar uma crise sanitária provocada pela pandemia do coronavírus. A crise pandémica trouxe consigo uma recessão económica e vemos o Estado e a Reserva Federal a injetarem milhares de milhões de dólares na economia para evitar o seu colapso.
Nestas eleições presidenciais encontramos dois candidatos com visões do mundo totalmente opostas, refletindo a polarização das sociedades ocidentais. O conflito com a China é um dos temas em que ambos os candidatos convergem, com abordagens diferentes, sendo que as divergências são imensas em pontos como a recuperação económica, fiscalidade, luta contra as alterações climáticas, relacionamento com a NATO, desigualdade racial, sistema de saúde, entre muitos outros.
Qualquer que seja o vencedor, os especialistas dizem que é inevitável a desvalorização do dólar, como consequência dos défices públicos extremamente elevados (previsto nos dois programas eleitorais), usados para continuar a estimular a economia e potenciando o aumento da inflação.