Continuo a poder investir num período de inflação e de aumento das taxas de juro?

Kevin Thozet. Créditos: Cedida (Carmignac)

TRIBUNA de Kevin Thozet, Portfolio Advisor, Member of the Investment Committee, Carmignac. Comentário patrocinado pela Carmignac.

O aumento das taxas de juro e dos preços pode ser uma má notícia para as obrigações, mas existem formas de proteger o seu capital em tais circunstâncias.

Aumento dos preços da energia, escassez em muitos setores empresariais, potencial para salários mais elevados – o ambiente atual é propício à inflação. Alguns bancos centrais, que regulam a atividade económica, estão a considerar as medidas que poderiam tomar para limitar o aumento dos preços. Estas medidas poderiam incluir o aumento das taxas de juro, que têm sido mantidas em níveis muito baixos há mais de uma década.

Todavia, tais aumentos teriam implicações no custo dos empréstimos, bem como na avaliação dos ativos financeiros em geral e das obrigações em particular, que os governos e as empresas utilizam para financiar as suas atividades e desenvolvimento pedindo dinheiro emprestado em troca de um retorno.

De facto, as alterações nas taxas de juro têm um impacto direto no valor das obrigações, que diminui à medida que as taxas de rendibilidade (yields) aumentam, e a inflação irá absorver os retornos reais dos investidores, uma vez que os aumentos de preços reduzem a taxa de rendibilidade real de uma obrigação.

Assim, os investidores podem logicamente questionar-se se é do seu interesse emprestar o seu dinheiro se os retornos reais e o valor dos títulos que detêm estão numa trajetória descendente. A mesma questão surge para os pequenos investidores com poupanças em fundos denominados em euros1 que investem fortemente em obrigações.

Como posso proteger o meu investimento neste contexto?

Em primeiro lugar, existem produtos específicos de rendimento fixo, tais como as obrigações indexadas à inflação, que oferecem aos investidores a vantagem de cupões (ou seja, pagamentos de juros) e um valor de resgate indexado à inflação. Por outras palavras, os juros pagos pelo mutuário e o capital a ser reembolsado estão indexados à inflação, o que significa que o investidor está protegido contra variações nos preços.

Além disso, uma vez que permite identificar oportunidades e selecionar títulos para investimento, a gestão ativa2 pode ajudar a diversificar investimentos, proteger contra certos riscos e gerar resultados.

A gestão ativa de uma carteira também permite a designada cobertura. A cobertura envolve a seleção de instrumentos financeiros adequados – geralmente referidos por derivados – que podem proteger a carteira contra as flutuações de preços ou das taxas de rendibilidade e, por vezes, até mesmo beneficiar com as mesmas. Por exemplo, é possível compensar os efeitos adversos da inflação através da compra de derivados que tenham em conta as alterações de preços esperadas.

A capacidade dos investidores de investirem o seu dinheiro em qualquer parte do mundo significa que também podem tirar o máximo partido das diferenças entre regiões geográficas e/ou diversificar o seu risco. A dinâmica de crescimento pode variar muito por país, pelo que diferentes regiões podem experimentar aumentos de preços e das taxas de juro muito heterogéneos. Entretanto, as empresas dos chamados "mercados emergentes" podem oferecer retornos mais elevados porque são consideradas de maior risco face às suas homólogas europeias ou norte-americanas.

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Fontes:

1 Fundo denominado em euros que investe predominantemente em obrigações de dívida pública. Tais fundos tendem a oferecer uma garantia do capital, associada a retornos limitados. Além de fundos denominados em euros, é possível investir em unidades de conta. Estas permitem aos investidores utilizar fundos para investir numa série de instrumentos financeiros (ações, obrigações, bens imobiliários, etc.), embora com um risco de perda de capital.
2Uma gestão ativa implica a seleção dos ativos financeiros (ações, obrigações, divisas, etc.) que irão gerar o melhor desempenho em termos relativos e a compra no momento certo. Em contrapartida, a gestão passiva implica procurar seguir um índice bolsista


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