TRIBUNA de Stéphane Mayor, gestor sénior de portefólios de Dívida Corporativa Emergente, e Romain Bordenave, gestor sénior de portefólios de Dívida Soberana Emergente, EDRAM. Comentário patrocinado pela Edmond de Rothschild AM.
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TRIBUNA de Stéphane Mayor, gestor sénior de portefólios de Dívida Corporativa Emergente, e Romain Bordenave, gestor sénior de portefólios de Dívida Soberana Emergente, EDRAM. Comentário patrocinado pela Edmond de Rothschild AM.
As crises sanitária e económica atingiram seriamente os mercados emergentes, embora, na nossa opinião, se espere um crescimento robusto já em 2021.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deverá alcançar, em 2021, 6% nos Mercados Emergentes e 8,2% na China, consequência do esforço de vacinação contra a COVID e das políticas acomodatícias dos bancos centrais.
Combinando este contexto económico com Fundamentals de crédito atractivos, estes mercados deverão continuar a atrair investidores em busca de rentabilidade nos mercados de divida, impulsionando os fluxos e as emissões no segmento High Yield. Entretanto, este enquadramento económico já está a ter consequências ao nível dos preços das commodities, nomeadamente no aumento dos preços do petróleo e dos metais. A dívida emergente tem igualmente tendência para melhorar o seu desempenho num ambiente de dólar fraco, o que se tem vindo a verificar como resultado da política acomodatícia da Fed.
A SUBIDA DOS PREÇOS DAS COMMODITIES DEVERÁ BENEFICIAR OS SETORES CÍCLICOS NOS MERCADOS EMERGENTES
A recuperação da procura na China, EUA e Europa, entre outros, deverá continuar a impulsionar a retoma das economias dos principais players dos mercados de commodities. Espera-se que os sectores cíclicos apresentem um desempenho superior, com os metais, energia, transportes e infraestruturas (especialmente em África) a liderarem o processo.
A maioria dos preços dos metais de base, incluindo o ferro, o cobre e o níquel, estão agora a superar os níveis de final de 2019, suportados por uma recuperação da procura, que se espera que assim permaneça.
A dívida soberana de Angola, por exemplo, parece agora atrativa em comparação com os seus pares. O país alcançou estabilidade política, e uma estrutura solida de apoio financeiro de três importantes credores bilaterais: um alívio de dívida de US $ 6,2 Mil Milhões por parte da China (1); a suspensão do pagamento do serviço da divida de US $ 1,78 Mil Milhões ao G20 e um acordo de apoio financeiro do FMI de US $ 4,5 Mil Milhões a 3 anos. Além disso, representando o petróleo 95% das exportações (2) Angolanas, acentuada queda registada no preço no início da crise sanitária obrigou o país a refazer o seu orçamento e os planos de despesa que tinham por base um nível US $ 55(3) por barril, muito acima do nível atingido de US $ 35 por barril. Atualmente, com os preços do petróleo novamente acima de US $60 o barril, Angola deverá ter menos dificuldades na gestão do seu déficit e poderá beneficiar com a reabertura dos mercados.
FUNDAMENTAIS DE CRÉDITO FAVORECEM EMISSÕES HIGH YIELD
Num mundo onde os bancos centrais mantêm as suas taxas de juro baixas e o número de emissões com rentabilidade abaixo de 0% continuando a crescer, o apetite por dívida dos mercados emergentes deverá aumentar. Os spreads(4) das emissões soberanas High Yield(5) emergentes estão em máximos históricos, negociando mesmo, versus Investment Grade(6), cerca de 100 bps acima dos níveis pré-crise. Portanto, o potencial para capturar o alfa remanescente é significativo.Dívida soberana e corporativa de emitentes que sobrevivam bem à crise terão um destaque especial como poderá ser o caso de infra estruturas aeroportuárias nacionais.
Enquanto isso, apesar dos Fundamentals de crédito das empresas em mercados emergentes continuarem mais robustos do que os das suas contrapartes nos mercados desenvolvidos, os spreads no segmento EM Corporate High Yield permanecem em níveis muito atractivos, negociando com cerca de 300 bps(7) versus Investment Grade, e acima dos níveis anteriores à COVID. Por outro lado, as taxas de incumprimento de empresas EM Corporate High Yield alcançaram, em 2020[1], 2,7%, de acordo com a JP Morgan, em comparação com 6,8% para os mercados High Yield nos EUA. As previsões para 2021 sugerem que essa tendência deverá continuar, com uma diminuição expectável para 2.2%(8) e 3.5%, respectivamente. Com essas baixas taxas de incumprimento, é nossa convicção que as emissões High Yield deverão apresentar uma performance superior às emissões Investment Grade.
UM ELEVADO POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO EM MERCADOS HIGH-BETA
Acreditamos que há um grande potencial de recuperação nos mercados com um beta elevado, nomeadamente na Argentina, Ucrânia e Turquia, que em nossa opinião estão ainda subvalorizados.
Na Turquia, as quedas acentuadas registadas no valor dos seus activos, após a saída do chefe do Banco Central, Naçi Agbal, deverá proporcionar um ponto de entrada interessante num país que dispõe de uma economia diversificada. De facto, hoje em dia a Turquia está a negociar em linha com a Nigéria, mas com um sistema bancário e fundamentos económicos mais robustos.
Em nossa opinião, estas tendências são boas notícias para os mercados emergentes, e poderão manter-se em 2021. Setores-chave como energia e mineração & metais poderão beneficiar de uma recuperação económica. Quanto à dívida Soberana emergente, os países em mercados com elevado beta poderão recuperar o terreno perdido se os respetivos riscos geopolíticos diminuírem. De notar, no entanto, que embora os países de alto riscam devam gerar bons retornos, as emissões de longo prazo poderão ser afetadas por um aumento das taxas de juro de longo prazo nos EUA, eventualmente na segunda metade do ano.
COMO BENEFICIAR DESTE AMBIENTE DE MERCADO FAVORÁVEL
O Grupo Edmond de Rothschild tem uma experiência reconhecida em mercados emergentes, de mais de 20 anos, administrando actualmente um valor superior a € 2 Mil Milhões em ações e títulos de dívida nestes mercados. Dois fundos de dívida de mercados emergentes complementam a nossa oferta em fundos de taxa fixa.
O EdR Fund Emerging Sovereign visa superar o desempenho do índice JPM EMBI Global Dive+rsified ex-CCC Hedged EUR num horizonte temporal de três anos. A estratégia do fundo, que possui um sólido histórico de gestão (9) de alfa e beta, é baseada numa abordagem ao investimento através de uma gestão activa, flexível e oportunista. Isto permite que o fundo se diferencie do índice de referência, procurando rentabilidade em países e instrumentos que reflitam as fortes convicções da equipa de gestão. Com uma elevada concentração, o fundo tem atualmente cerca de 50 emitentes(10) de 25 países, estando a carteira maioritariamente investida em dívida soberana.
Em contraste, o EdR Fund Emerging Credit investe principalmente em dívida de empresas que operam em mercados emergentes, com o objetivo de superar o índice JP Morgan CEMBI Broad, num horizonte temporal de 3 anos, e com uma abordagem de gestão ativa baseada nas fortes convicções da equipa de gestão. Esta equipa identifica os setores em crescimento que se destacam dentro de uma região ou país e seleciona, entre esses setores, as empresas com os melhores fundamentals e perspectivas de crédito a longo prazo. O fundo promove a sua performance através de uma seleção criteriosa das obrigações, combinada com um estudo detalhado do panorama macroeconómico de um universo diversificado de países e de sectores em mercados emergentes.
MERCADOS DE BETA ELEVADOS: Mercados com um elevado nível de volatilidade e, consequentemente, de risco. Os investimentos com um beta elevado tendem a superar o mercado quando este está a subir, mas também irão acelerar as suas perdas quando o mercado se desvaloriza.
Avisos Legais:
O EdR Fund Emerging Sovereign é um subfundo da SICAV regulamentada pelo Luxemburgo, aprovada pela CSSF e aprovada para comercialização na Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido e Suíça. O Edmond de Rothschild Fund Emerging Credit é um subfundo da SICAV regulamentada no Luxemburgo, certificada pela CSSF e aprovada para comercialização na, França, Alemanha, Áustria, Bélgica, Itália, Luxemburgo, Holanda, Espanha, Portugal, Reino Unido e Suíça. Os fundos estão registados junto da CMVM.
RISCOS DE INVESTIMENTO:
O Fundo EdR Emerging Sovereign é classificado na categoria 5 de acordo com a natureza dos títulos e zonas geográficas na secção "Objectivos e Política de Investimento" do Key Investor Information Document (KIID). EdR Fund Emerging Credit é classificado na categoria 4 de acordo com a natureza dos títulos e zonas geográficas na secção "Objetivos e Política de Investimento" do Key Investor Information Document (KIID). Os riscos descritos abaixo não são exaustivos: é da responsabilidade dos investidores analisar o risco de cada investimento e de formular a sua própria opinião.
Risco de perda de capital: O Fundo não garante nem protege o capital investido, existindo o risco do capital investido não ser devolvido na totalidade. Os detentores são informados de que o objetivo de desempenho é disponibilizado apenas a título informativo e não constitui de forma alguma uma obrigação para a sociedade gestora de aportar resultados.
Risco de crédito: Caso ocorra um evento de crédito (por exemplo, um alargamento significativo da margem de remuneração de um emitente em comparação com uma obrigação do Estado com o mesmo vencimento), ou um incumprimento ou descida da qualidade dos emitentes de obrigações (por exemplo, uma descida da sua classificação), o valor dos títulos de dívida em que o Fundo é investido pode cair, e causar a queda do valor patrimonial líquido do Fundo. A inclusão de títulos de elevado rendimento até um limite de 100% do património líquido do Fundo pode resultar em quedas mais acentuadas do valor patrimonial líquido e podem apresentar um risco acrescido de incumprimento. Por conseguinte, este Fundo deve ser considerado como especulativo, e destina-se especificamente a investidores que estejam conscientes dos riscos inerentes ao investimento em títulos cuja classificação seja baixa ou inexistente. Risco de crédito do investimento em obrigações de elevado rendimento: o fundo pode investir em títulos de Dívida Soberana e Corporativa classificados como non-investment grade por uma agência de rating (ou seja, classificados abaixo de BBB- pela Standards and Poor's ou uma classificação equivalente de uma agência independente) ou considerados como equivalente por nós próprios internamente. Estas emissões são designadas de títulos de dívida especulativa com um risco mais elevado de incumprimento em termos do emitente. O fundo deve ser visto como parcialmente especulativo e diz respeito, em particular, aos investidores que estão conscientes dos riscos inerentes a estes títulos. Consequentemente, investir em títulos de elevado rendimento (títulos especulativos que têm um risco de incumprimento mais elevado) pode implicar uma maior queda no valor patrimonial líquido do fundo.
Risco de taxa de juro: O risco de taxa de juro é o risco de que as taxas de mercado das obrigações possam aumentar, causando assim uma queda dos preços das obrigações e reduzindo o valor patrimonial líquido do Fundo. Um aumento das taxas de juro podem afectar negativamente o desempenho por um período indefinido; do mesmo modo, se a sensibilidadeda carteira for negativa, uma queda nas taxas de juro pode ter um impacto negativo no desempenho por um período indeterminado. Este fenómeno pode causar a queda do valor do ativo líquido. Este risco de taxa de juro pode causar a queda do valor do ativo líquido.
Risco de taxa de câmbio: os ativos podem estar expostos a risco cambial quando são denominados noutra moeda diferente da do respectivo fundo.
Este documento é emitido pela Edmond de Rothschild Asset Management (França) em Abril de 2021.
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SUB INVESTMENT MANAGER
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1 Fonte: Reuters. Valores referentes a Setembro de 2020.
2 Fonte: IMF. Valores referentes a Setembro de 2020.
3 Fonte: Reuters. Valores referentes a 29 de Março de 2020.
4 O spread é a diferença entre a taxa de rendimento actual de uma obrigação e a taxa de rendimento de um empréstimo sem risco com a mesma maturidade.
5 Obrigações de empresas com um risco de incumprimento mais elevado do que as obrigações de grau de investimento, mas que pagam cupões mais elevados.
6 Obrigações classificadas de alta qualidade por agências de rating.
7 Fonte: Bloomberg. Valores referentes a 31 de Dezembro de 2020.
8 JP Morgan Global Credit Research data referente a 06.01.2021. Corporate default rate referente ao CEMBI Index.
9 Alpha mede o montante que o investimento gerou em comparação com o índice de mercado ou outro parâmetro de referência com o qual é comparado. Beta mede a volatilidade de um investimento. É uma indicação do seu risco relativo.
10 Referente a 31/01/2021.