Paulo Pacheco, CFA, responsável pela gestão de ativos do Banco Português de Gestão, comenta sobre a situação atual nas principais cidades sul africanas.
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Esta semana vou estar de olho no evoluir dos protestos e da violência que se instalou nas principais cidades sul africanas. A detenção do ex-presidente Jacob Zuma parece ter sido apenas o atear do rastilho da violência, roubos, pilhagens e desordem social. Este rol de acontecimentos são o reflexo das desigualdades sociais e económicas, para as quais, alertou recentemente o Banco Mundial para esta realidade, sendo o país do mundo mais desigual.
Este país cheio de riquezas naturais é a terceira maior economia africana, atrás da Nigéria e Egipto, mas a sua moeda (Rand) continua a ser a principal referência regional. O mercado acionista Sul Africano tem vindo a perder peso nos índices globais dos mercados emergentes, em favor dos países asiáticos, onde as economias estão mais fervilhantes e a paz social (aparente ou não) é fator de estabilidade e crescimento.
Se a situação persistir, poderá haver pressão para algumas multinacionais, nomeadamente do setor petrolífero, exploração mineira e alimentação, que operam na região.
África do Sul está ligada à emigração portuguesa e também por essa relação, às vezes familiar, sentimos que é um pouco de Portugal, ainda que longínquo, que está a desmoronar-se.