Paulo Pacheco, do Banco Português de Gestão, destaca a reunião do BCE e a consensual subida da taxa de refinanciamento em 75 pontos base.
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Esta semana vou estar de olho na reunião do BCE. A decisão que se espera, subida da taxa de refinanciamento em 75 bps, parece consensual. Contudo, o discurso da Christine Lagarde pode trazer novidades, na tentativa de ser mais clara na mensagem e num tom mais hawkish. Neste sentido, elevar-se-iam as probabilidades do BCE, através da política monetária, condicionar as expetativas dos agentes económicos, nomeadamente do lado da procura. A eficácia de atuar junto do lado da oferta é quase nula.
Este objetivo não se advinha fácil, pelo menos enquanto estivermos em níveis de pleno emprego e com elevada liquidez no mercado. Os sinais de controlo da inflação na Zona Euro são muito ténues. Neste momento parece cada vez mais consensual que o BCE se encontra behind the curve no combate à inflação, pela reação tardia e magnitude das medidas tomadas (número de subidas e redução do balanço) quando comparado com os seus homólogos.