Fundos de pensões portugueses com recuperação significativa no segundo trimestre de 2020

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Grande parte da desvalorização do mercado acionista ocorrida durante o primeiro trimestre devido à pandemia da COVID-19 foi recuperada durante o segundo trimestre de 2020, tendo a maior parte das bolsas mundiais valorizado entre 15% e 20%. Por outro lado, a procura de instrumentos financeiros de menor risco causou uma valorização das obrigações governamentais que tiveram rentabilidades muito positivas em ambos os trimestres. Também as obrigações corporativas recuperaram no segundo trimestre as perdas de março beneficiando do aumento de confiança por parte dos investidores.

O seguinte gráfico apresenta as rentabilidades líquidas em função da exposição a ações dos fundos de pensões portugueses, durante o segundo trimestre de 2020. Cada ponto representa um fundo de pensões, tendo sido considerados fundos abertos e fechados, representando estes aproximadamente 75% do mercado nacional de fundos de pensões.

 

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As rentabilidades médias anualizadas a 3 e 5 anos foram de 1.0% e 1.2% respetivamente, tendo os fundos com maior alocação a ações obtido resultados ligeiramente melhores, mesmo tendo em consideração as rentabilidades negativas em 2020 para esta classe de ativos.

Os fundos de pensões continuam com alocações relativamente conservadoras, com uma alocação média a ações de 27% conforme ilustrado no seguinte gráfico.

 

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Olhando para o futuro, acreditamos que o risco de quedas futuras nas ações e no crédito se mantém elevado. Com os mercados de ações a níveis novamente historicamente elevados e as taxas de juro de obrigações governamentais ainda mais baixas do que no início do ano, consideramos prioritário diversificar as carteiras de investimento e eliminar os riscos que não forneçam um prémio suficientemente elevado.