Mercados emergentes: rumo à Ásia

Xavier Hovasse - carmignac
Xavier Hovasse. Créditos: Cedida (Carmignac)

TRIBUNA de Xavier Hovasse, responsável de Ações Emergentes e gestor de fundos na Carmignac. Comentário patrocinado pela Carmignac.

O crescimento esperado para os mercados asiáticos1 em 2023 é de 5,3%, em comparação com 4,0% para os países emergentes e 1,2% para os países desenvolvidos, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI)2.

Após um ano particularmente tumultuoso para os mercados bolsistas, o abrandamento económico global está a tornar-se cada vez mais evidente para 2023, impulsionado, em grande medida, pelas perspetivas de fraco crescimento dos países desenvolvidos. Por outro lado, os países emergentes parecem estar bem posicionados para recuperarem e, assim, sustentarem a atividade a nível mundial.

Incentivados por melhores indicadores fundamentais macroeconómicos, um clima económico inflacionista mais favorável do que nos países desenvolvidos e a reabertura da China, alguns países emergentes estão agora a oferecer retornos atrativos aos investidores que procuram fontes de diversificação.

A Ásia: um terreno fértil para os investidores em ações

O fim das restrições associadas à Covid-19 permitirá nomeadamente o surgimento de novas oportunidades de investimento nos mercados de ações asiáticos. As ações chinesas e coreanas, por exemplo, oferecem atualmente avaliações particularmente atrativas em comparação com as ações mundiais.

No entanto, é necessário seletividade e rigor para poder aproveitar estas oportunidades. Na Carmignac, identificámos várias temáticas principais que têm um forte potencial de crescimento sustentável nestes mercados: a inovação, tanto industrial como tecnológica, a saúde, a transição ecológica e a maior qualidade do consumo.

O regresso da China

Após dois anos de queda do mercado chinês, os indicadores voltaram a território verde. O país pôs termo ao agravamento da sua regulamentação, adotou medidas de apoio ao setor imobiliário e, finalmente, levantou a sua política de zero Covid, um sinal de renovação para a sua procura interna, fortemente sustentada pela política de Pequim.

A poupança excedentária acumulada pelas famílias chinesas durante os três anos de confinamento e a recuperação do mercado de trabalho, que tinha sido significativamente afetado pela situação sanitária, deveria assim contribuir para um aumento do consumo.

A China conta com várias empresas orientadas para o consumo interno, tais como:

  • Anta Sports, a marca nacional de equipamento desportivo, que está a ganhar quotas de mercado face às marcas desportivas multinacionais;
  • Miniso, a cadeia retalhista de baixo custo especializada em acessórios para o quotidiano chinês, pouco conhecida pelos investidores, com mais de 5000 lojas em todo o mundo3.

A potência tecnológica da Coreia do Sul

O impacto da reabertura da China irá ultrapassar as suas fronteiras. Penalizadas pelo abrandamento económico mundial em 2022, as ações coreanas também estão a ser negociadas com avaliações atrativas, em particular nos setores das novas tecnologias e dos semicondutores.

A Coreia do Sul tem-se vindo a distinguir há várias décadas pelas suas inovações no setor eletrónico e nas novas tecnologias. Este país é o lar de alguns dos líderes mundiais, fornecedores de bens de consumo, tais como os ecrãs para smartphones e outros componentes eletrónicos de elevado valor acrescentado, tais como os semicondutores4:

  • Samsung Electronics, o líder mundial de fabricação de componentes tecnológicos (equipamento de comunicação móvel, semicondutores, novos ecrãs, eletrodomésticos e eletrónica de consumo), que tem sido a líder no que diz respeito aos telefones desde 19935;
  • LG Chem, um dos principais fabricantes mundiais de baterias para veículos elétricos (VE) com mais de 20% de quota de mercado a nível mundial6, está a desempenhar um grande papel na transição energética.

Além dos mercados chinês e coreano, as condições económicas tendem a melhorar noutros países da Ásia e do Sudeste Asiático, tais como na Índia, no Vietname e na Malásia. Embora continuemos prudentes quanto à Índia a curto prazo, tendo em conta as suas avaliações elevadas e a deterioração dos indicadores fundamentais macroeconómicos resultantes da crise energética, determinadas oportunidades poderão revelar-se interessantes nos próximos meses.

Na Ásia, estimamos que os mercados de ações ofereçam um maior potencial do que os mercados obrigacionistas, nos quais identificamos maioritariamente oportunidades táticas, tal como na Malásia. Na nossa opinião, os mercados latino-americanos proporcionam oportunidades muito mais interessantes em matéria de investimento em dívida emergente. Leia o segundo artigo da nossa série sobre os mercados emergentes no próximo mês para saber mais sobre esta região.

1 Ásia emergente
2 Perspetivas da economia mundial, atualizado. Fundo Monetário Internacional, janeiro de 2023.
3 Fonte: Miniso, https://www.miniso.com/EN/Brand/Intro.
4 Ministério francês da Economia, Finanças e Soberania Industrial e Digital - Direção-Geral do Tesouro: https://www.tresor.economie.gouv.fr/Pays/KR/indicateurs-et-conjoncture.
5 Samsung Electronic, about us: https://www.samsung.com/us/about-us/our-business/device-solutions/.
6 Fontes: Statista e SNE Research via Visual Capitalist, 2021: https://fr.statista.com/infographie/26562/parts-de-marche-fabricants-batteries-pour-voitures-electriques/


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