Diogo Gomes, gestor sénior de clientes, afirma que a China "preserva o seu potencial de longo prazo e continua a ser um terreno fértil de oportunidades para os investidores". Comentário patrocinado pela UBS AM.
TRIBUNA de Diogo Gomes, gestor sénior de clientes na UBS AM. Comentário patrocinado pela UBS Asset Management.
O crescimento na China voltou a pisar no acelerador e o resto dos mercados globais reagiu com entusiasmo. Agora que a situação começa a ir na direção certa, na UBS AM acreditamos que 2023 marcará o retorno da liderança do gigante asiático.
Nesse sentido, além do seu grande potencial de longo prazo, observamos uma série de fatores que consolidam o argumento para investir em ações chinesas. Em primeiro lugar, muitos dos objetivos de longo prazo estabelecidos pelo governo de Xi Jinping estão relacionados com tecnologia e inovação e esperamos que sejam catalisadores de mudanças positivas para a economia do país. Em segundo lugar, uma rápida recuperação do mercado imobiliário chinês e políticas favoráveis para o setor das plataformas online deverão impulsionar o mercado. E, em terceiro lugar, novas políticas para aumentar a confiança dos investidores e das empresas deverão criar mais oportunidades de investimento.
No entanto, os investidores não devem perder de vista as tensões geopolíticas entre a China e os Estados Unidos, elas continuarão a ser um fator de volatilidade no mercado. De um modo geral, embora esperemos que a rivalidade entre as duas potências continue, mantemos a nossa opinião de que uma desconexão completa entre os dois países é altamente improvável, dado que a China está fortemente integrada nos mercados globais. A nível nacional, acreditamos que o auge das políticas regulatórias está ultrapassado. Esperamos a partir de agora um ambiente político mais favorável. Não se trata necessariamente de uma inversão, mas de uma flexibilização razoável da regulamentação. Por exemplo, é provável que o governo apoie o desenvolvimento sustentável das empresas no setor das plataformas online.
Vencedores no setor imobiliário
O imobiliário foi afetado negativamente no último ano, após o endurecimento da regulamentação para desalavancar o setor. Acreditamos que, a longo prazo, embora a procura de imóveis, no seu conjunto, possa diminuir devido à situação demográfica, ainda haverá vencedores neste setor. Por exemplo, promotores imobiliários estatais de maior qualidade e dimensão, que irão conquistar cada vez mais quota de mercado aos promotores mais fracos.
Por outro lado, o volume de vendas dos principais promotores recuperou fortemente no ano passado, indicando uma tendência de consolidação entre as empresas líderes. É por isso que, apesar de acharmos difícil atingir os máximos do anterior ciclo, mantemos uma sobreponderação neste setor.
A China preserva o seu potencial de longo prazo e continua a ser um terreno fértil de oportunidades para os investidores. Neste ambiente, a UBS AM acredita que a melhor forma de ter exposição a esta região é através de uma gestão ativa por uma equipa local com vasta experiência e profundo conhecimento das singularidades deste mercado.