O ano de 2017 salvo surpresas de última hora também será recordado como um bom ano para os mercados financeiros em particular para os mercados acionistas. Os temas geopolíticos continuaram a marcar a agenda internacional e momentos tensos de 2016, como o Brexit e a ‘surpresa’ da eleição de Donald Trump nos EUA, foram substituídos pela tensão nuclear da Coreia do Norte e pela crise política da Catalunha. Pese todos os obstáculos que continuamente vão surgindo pelo caminho, o que é importante relevar é que este último ano foi marcado por um período de crescimento económico global sincronizado.
No próximo ano, estamos em crer não será muito diferente de 2017. Seguramente iremos ter políticas monetárias menos acomodatícias por parte dos principias Banco Centrais que não irão perder a oportunidade de normalizar as suas políticas, contudo a robustez e a amplitude do crescimento económico faz-nos acreditar que as dinâmicas da reflação irão continuar
A visão da equipa de gestão discricionária da BBVA Asset Management irá continuar a apostar no tema da reflação e baseando-se sempre numa escolha equilibrada de fundos por classe de ativos tentará tirar proveito do ano de 2018 do seguinte modo:
- A atividade económica da Zona Euro continua a avançar a um ritmo saudável com os índices de atividade PMI da região a apresentarem valores em terreno expansionista a um ritmo sólido e constante. Achamos que faz sentido estar posicionado em equity nesta região e fundos como o Schroder ISF Euro Equity e o fundo BGF-European Focus são bons veículos para ganhar a devida exposição.
- Nos países emergentes apostamos na Índia. Algumas das reforma estruturais implementadas pelo governo do Sr. Modi, como a desmonetização e a atribuição de números de identificação digital, que numa primeira fase colocaram um travão à atividade económica, irão acabar por colocar uma boa parte do sistema informal devidamente enquadrado no sistema financeiro. O fundo Franklin India será uma boa opção para quem aposta neste tema.
- Em termos de valorizações relativas o Japão também se mantém uma aposta atrativa, além disso um ampla maioria por parte do atual primeiro-ministro dará algum poder para efetuar reformas estruturais fundamentais que goza de amplo apoio do Banco Central que mantém uma política expansionista. O fundo da Julius Baer-Japan Stock Fund é uma hipótese.
- Embora sejam muitos os que afirmam que as valorizações das empresas norte-americanas estão muito “esticadas”, convém referir que os últimos dados económicos mostram um consumo sustentado e um investimento a surpreender positivamente. Porventura um fundo de valor orientado para as empresas de maior capitalização poderá fazer algum sentido. O fundo Robeco BP US Large Cap Equities enquadra-se nesta ideia.
Tal como já esperávamos em 2017, 2018 também será um ano em que esperamos ter taxas de inflação mais elevadas. Não será muito fácil encontrar oportunidades para explorar o segmento de crédito e High-Yield, no entanto, e apostando em fundos sem duração ou com durações reduzidas continuamos a acreditar que fundos como o Candriam Bonds Credit Opportunities e Axa US Short Duration High Yield, serão opções a considerar.
No universo mais global e procurando yields atrativos que ainda se observam nos mercados emergentes o fundo Templeton Global Total Return permanece uma aposta sólida. Para os mais afoitos que pretendam incorrer no risco de moeda o fundo BNY Mellon-Emerging Debt Local Currency será também uma opção a considerar.
Para aqueles que se sintam mais seduzidos pelos fundos alternativos com capacidade de gerar rendimentos estáveis com uma volatilidade moderada o fundo Old Mutual Global Equity Absolut Return será uma hipótese a estudar.