TRIBUNA de Carla Bergareche, diretora-geral para Portugal e Espanha, Schroders. Comentário patrocinado pela Schroders.
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TRIBUNA de Carla Bergareche, diretora-geral para Portugal e Espanha, Schroders. Comentário patrocinado pela Schroders.
A dificuldade para gerar rentabilidades atrativas nos ativos tradicionais é uma razão-chave para que os ativos privados continuem a atrair o interesse dos investidores. De facto, o mercado de capital de risco duplica atualmente o tamanho que tinha em 2009.
No atual contexto de baixas taxas de juro, no qual as emissões de obrigações oferecem escassa rentabilidade e as ações apresentam sobrevalorizações, os mercados privados fornecem uma ampla variedade de ferramentas de criação de valor.
Entre estas ferramentas encontra-se o chamado “prémio de iliquidez”, com o qual os investidores são recompensados por manter o seu capital. Historicamente, assegurar-se desse prémio foi um fator-chave para os investidores que alocavam capital aos mercados privados. Não obstante, é preciso ter em conta que, com um número cada vez maior de investidores dispostos a aceitá-lo e alguns até a procurar ativamente a iliquidez, é lógico assumir que este se está a reduzir.
Por sua vez, o “prémio de iliquidez” continua a ser um impulsionador-chave da rentabilidade. Esta refere-se ao excesso de rentabilidade impulsionada não pelo sacrifício da liquidez, mas pelo nível de compromisso necessário, tanto na procura de uma operação, como nas habilidades e no trabalho necessários para que seja um sucesso. O prémio de complexidade pode encontrar-se em áreas mais especializadas e de mais difícil acesso e para o obter é necessário um profundo conhecimento, contactos e um compromisso contínuo.
Além destes dois exemplos, no mundo do capital de risco, os coinvestimentos e as transações e secundárias também oferecem um valor acrescentado neste contexto de taxas baixas. Com os coinvestimentos, os sócios limitados (LP; os que investem em fundos a prazo fixo) podem ter acesso com maior flexibilidade a setores, zona geográficas e modelos de negócio mais atrativos. Enquanto as operações secundárias, em particular as dirigidas por gestores de fundos, oferecem aos investidores entrantes a possibilidade de investir em conjunto com eles num grupo seleto de empresas da sua carteira de fundos. Não obstante, com o aumento da concorrência pelas oportunidades de investimento, os gestores devem demonstrar cada vez mais as suas capacidades de gestão. Por exemplo, oferecendo uma visão de acordo com os objetivos estabelecidos, evitando situações complexas ou demonstrando confiança, rapidez de resposta e capacidade de capital.
Por outro lado, uma das lições mais importantes da COVID-19 no âmbito do capital privado foi a necessidade de os investidores imobiliários compreenderem plenamente os riscos operacionais aos que se expõem através dos seus inquilinos. Quando o negócio de um inquilino muda, ou um mercado não funciona bem estruturalmente, isto não é só um problema para a parte que paga o aluguer. Assim, a gestão deste risco representou equilibrar e igualar os interesses dos clientes com a segurança e o bem-estar dos inquilinos. Neste sentido, o nível de compromisso sem precedentes que os inquilinos mostraram durante a pandemia contribuiu para aumentar as taxas de cobrança dos alugueres em comparação com a média do setor. Além disso, também se criaram oportunidades benéficas para mudar as estruturas dos arrendamentos com o fim de impulsionar a futura rentabilidade de ambas as partes.
Como conclusão, é pouco provável que o problema das taxas de juro zero desapareça a curto ou médio prazo. Há argumentos para que a repressão financeira através da política persista durante muito mais tempo, até quando as taxas se situarem acima de zero ou deixem de ser negativas. Os investidores de todos os mercados terão de ter em conta a diversificação das fontes de rentabilidade além dos mercados tradicionais. Neste sentido, o mundo dos ativos privados oferece uma ampla variedade de ferramentas aos investidores que enfrentam estes desafios.
“Os investidores de todos os mercados terão de ter em conta a diversificação das fontes de rentabilidade além dos mercados tradicionais”
Para aprofundar mais sobre as vantagens que oferecem os ativos privados neste contexto de taxas zero, pode consultar este artigo: The Zero: Why zero rates are increasing the appeal of private assets
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