Problemas de fornecimento, escassez… asseguremos o longo prazo

Ana Claver, CFA
Ana Claver, CFA. Foto cedida (Robeco)

TRIBUNA de Ana Claver Gaviña, CFA, responsável de negócio para a Península Ibérica, América Latina e US Offshore da Robeco, e presidente do Comité de Sustentabilidade da CFA Society Spain. Comentário patrocinado pela Robeco.

O atual aumento dos preços das matérias-primas, o preço do carbono ou os bottlenecks na cadeia de abastecimento fazem com que, a curto prazo, certos substitutos que noutro momento não foram viáveis se tornem mais atrativos e competitivos. Este é o caso do veículo elétrico e das suas infraestruturas, os biomateriais, mas também de elementos para uma melhor eficiência nos edifícios, ou as soluções de automatização para facilitar o retorno da produção local desde países terceiros.

Quando pensamos na escassez de recursos, a Robeco oferece uma estratégia que apresenta soluções para estes problemas, o RobecoSAM Smart Materials, já que investe em materiais inovadores e tecnologias mais eficientes.

Na Robeco identificamos oportunidades de investimento ao longo de toda a cadeia de valor energética, graças à evolução para uma maior eletrificação, acompanhada de uma crescente descarbonização. A geração renovável, com materiais e equipamento para a produção, passando pela distribuição de energia com as redes inteligentes, a descentralização e digitalização, até no cliente, com a gestão da energia com semicondutores e o armazenamento energético, processos industriais, transporte ou Big Data, todos se tornam em pontos-chave em momentos de escassez energética como o atual.

O futuro da energia é elétrico, limpo, eficiente e seguro. Se a estas características somarmos o custo de construção e operação é, ao longo da sua vida útil, inferior ao de outras tecnologias que usam gás e carvão, a oportunidade está servida. Mas para que a solução renovável seja a procurada, devemos avançar no armazenamento energético e numa gestão energética através de redes, apropriada.

Tornam-se particularmente atrativos temas como a energia solar competitiva e escalável, os semicondutores de potência para gestão energética, o hidrogénio verde, a eletrificação do transporte ou a eficiência energética em edifícios. Se quisermos cumprir o Net Zero, ou não superar o cenário de 1,5ºC devemos acelerar a entrada deste tipo de soluções baseadas nas energias renováveis, e tudo o que acompanha, especialmente num momento de inflexão onde as subvenções não são tão necessárias perante os menores custos destas. A necessidade de crescimento está, portanto, assegurada, pelo menos durante dez ou quinze anos, só resta eleger as empresas apropriadas para acompanhas esse crescimento.

Face à situação atual nos mercados de matérias-primas, e de problemas na cadeia de abastecimento, a estratégia RobecoSAM Smart Materials vê-se reforçada. Os resultados da recente COP26 e o aumento dos preços do carbono e das energias, impulsionam as soluções no caminho para a transição energética. Os objetivos de emissões soberanas e corporativas, em conjunto com os problemas de fornecimento energético forçam como solução a instalação de uma maior capacidade renovável.

Os desafios na cadeia de abastecimento são temporários, as alterações climáticas e as suas consequências, enquanto as tendências que estão por detrás das empresas identificadas pelas nossas estratégias de Smart Materials e Smart Energy, não são resistentes a longo prazo.