Numa metáfora com o tempo, a Dunas Capital explica as mais recente mudanças na alocação do fundo Dunas Património, bem como as principais “apostas” do produto para os próximos tempos
Esta pergunta que fazemos ou ouvimos diariamente não é só sobre o estado dos ponteiros do nosso relógio mas sobre a fase em que o mercado se encontra. A que quadrante do relógio corresponde uma diferente fase do ciclo macro económico que consequentemente nos leva a ajustar o nosso portfólio.

A vantagem de um fundo misto é poder sobre ponderar ou sub ponderar determinada(s) classe(s) de ativos mediante a “hora” do relógio do ciclo económico. Poder “jogar” com mais ou menos exposição a fixed income versus mais ou menos equity consoante o ciclo de mercado permite extrair valor do mercado independentemente da “hora” em que este está.
O mundo em que vivemos é de fato global e apesar de uma maior integração das economias, nem todas marcam as mesmas horas. Hoje os EUA estão numa fase mais avançada do ciclo do que a Europa. Nos EUA o desemprego está a níveis perto do chamado “desemprego natural”, o consumo privado está em retoma, enquanto que nada disto se sente ainda na Europa.
Para além do mais o fato de estarem em diferentes fases do ciclo deverá ditar diferentes políticas monetárias, as quais deverão influenciar as decisões de investimento.
Um fundo misto diversificado global tem pois a vantagem de ter um mandato que permite ao gestor “jogar” com os diferentes instrumentos, incluindo moeda, da forma mais adequada mediante a fase do ciclo económico em que se encontra uma dada economia. Esta vantagem deve contribuir para a performance do fundo mas sobretudo para a diminuição da volatilidade dos retornos a prazo.
Dispondo de um vasto leque de instrumentos e não tendo limitações geográficas impostas ao seu asset allocation (exceptuando as oriundas dos limites de exposição prudencial), o Dunas Património obteve um retorno de 7,90% em 2014. Para tal, e a título de exemplo, a aposta na valorização do USD/EUR contribuiu positivamente para performance do fundo. O tamanho do impacto é obviamente proporcional ao tamanho da “aposta”. No caso do Dunas Patrimonio nunca ultrapassámos uma exposição de 15% por uma questão de critérios de risco interno.
O retorno do Dunas Património em final de 2014, desde o seu lançamento em setembro de 2012, atingiu os 17,4%. Inicialmente privilegiámos o investimento em fixed income, mas hoje perante as condições de mercado e cenários de taxas de juro negativas, a carteira tem um peso muito maior de equity.
Este ano estamos a olhar com bastante interesse para a dívida e moedas de países emergentes. Ainda em relação à exposição a moedas, aproveitámos recentemente a valorização do franco suíço, que nos pareceu excessiva, levando-nos a tomar uma posição curta que tem produzido bons resultados.
A flexibilidade de usar múltiplos instrumentos e a possibilidade de investir em todos os mercados onde existam instrumentos seguros e líquidos, bem como os respectivos limites de exposição prudenciais e níveis de volatilidade, fazem dos fundos mistos globais uma das melhores opções de poupança disponíveis no mercado.