Artigo de opinião de Paulo Pacheco, senior portfolio manager do Banco Português de Gestão.
PICTET Robotics, um fundo lançado pela gestora suíça há pouco menos de três anos no mercado, é um produto com um enquadramento interessante, assente numa temática bastante atual e global. Além disso, tem a capacidade de ler uma das maiores transformações com que a nossa sociedade se depara, isto é, a digitalização da economia e das sociedades.
Este conta já com um património sob gestão superior a 6 mil milhões de euros (está, inclusive, em soft close) e apresenta-se como um fundo global, que apesar da natural sobre-exposição aos Estados Unidos, apresenta uma dispersão geográfica bastante significativa, investindo em empresas do sector tecnológico (e não só) de países como o Japão, Alemanha ou Suíça. Por outro lado, tem como característica ser uma estratégia flexível, sendo que o gestor pode utilizar uma grande variedade de instrumentos (como equities, convertible debt ou ADR’s), que melhor se adequem ao momento e ao objetivo a que se propõe.
Ainda que não apresente um track record significativo (inferior a três anos), tem alcançado um comportamento sólido e consistente. Com o intensificar da digitalização das sociedades, para o futuro apresenta boas perspetivas para continuar a entregar retornos significativos ajustados ao risco deste tipo de fundos.