Ordens de negociação no segundo trimestre

Ahmad_Nawawi
Ahmad Nawawi, Flickr, Creative Commons

Segundo o mais recente Relatório Trimestral de Intermediação Financeira, publicado pela CMVM, foram recebidas pelos intermediários financeiros registados no regulador, um total de 18.068,6 milhões de euros de ordens de negociação no mercado a contado, no segundo trimestre de 2016. Isto representa uma quebra de 13,9% relativamente ao trimestre anterior, e de 45,4% em relação ao período homólogo.

A dívida pública foi o ativo financeiro com maior preponderância entre as ordens (36,7% do total), seguindo-se as ações e a dívida privada, que atingiram, respetivamente, 4.818,9 milhões de euros e 4.541,3 milhões.

Por país, Portugal recebeu 48,7% do valor das ordens (2.783,2 milhões de euros), seguido dos Estados Unidos e Alemanha (ambos com 9,7%).

Neste mercado, o segmento da Gestão de Ativos de entidades residentes representou 14,8% do volume de ordens recebidas pelos intermediários financeiros no segundo trimestre de 2016, uma subida de 17,3% face ao trimestre anterior. Os Seguros e Fundos de Pensões totalizaram 26,2% da atividade no período, embora o valor absoluto de 4.730,6 milhões de euros represente uma quebra de 12,4% face ao primeiro trimestre do ano. No acumulado dos primeiros seis meses do ano a ponderação relativa de ambos os segmentos situa-se sensivelmente na mesma linha, com 12,7% e 25,9%, respetivamente. As entidades não residentes apresentam um peso marginal nas ordens dadas a intermediários financeiros (2,2% da Gestão de Ativos e praticamente 0% dos Seguros e Fundos de Pensões).

Trimstres

Acumulado

Mercado a prazo

No mercado a prazo, o volume das ordens recebidas por intermediários financeiros situou-se em 31.540,9 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, menos 14,6% do que nos três meses anteriores. Em termos globais, foram os futuros (51,6% do total) e os CFDs (47,0%) os instrumentos financeiros que registaram mais atividade no período considerado. No que concerne os ativos subjacentes, foram as taxas de câmbio (29,2%) e os índices (19,7%) que lideraram as preferências dos investidores.

Dados do relatório apontam para um aumento significativo da atividade em instrumentos financeiros derivados por parte dos Seguros e Fundos de Pensões, nomeadamente com uma variação percentual de quase 200% no primeiro semestre do ano. Esta variação deveu-se principalmente a uma variação na mesma amplitude do valor das ordens efetuadas por estes agentes de mercado em futuros, para um total de  10.047,6 milhões de euros no mesmo período.

Derivados