Os 10 fundos que saem vitoriosos na mudança de estação

1497057372_4d4e9091e4
ssouravphoto, Flickr, Creative Commons

Agosto, setembro e outubro são três meses que estão no limbo de duas estações do ano: o verão e o outono. Neste espaço de tempo, quais os fundos nacionais que conseguiram apresentar o melhor desempenho? Segundo os dados disponibilizados pela Morningstar, referentes a 31 outubro, na lista dos 10 fundos mais rentáveis a 3 meses aparece uma economia dominante: a norte-americana. Da lista de 10 produtos, 5 têm como universo de investimento os EUA, que precisamente no final de outubro, pela mão da Fed, anunciou o ponto final decisivo no seu programa de estímulos.

Em primeiro lugar sobe ao pódio o BPI América D, da BPI Gestão de Activos, com uma rentabilidade no período de 10,06%, e um património de cerca de 32 milhões de euros. Nas dez primeiras posições do fundo, segundo o site da Morningstar, aparecem empresas como a tecnológica Apple ou a produtora de tabaco Philip Morris International. O segundo lugar da lista é o ocupado por um fundo cuja gestão cabe à ESAF e que também tem beneficiado do Bull market americano. O fundo de ações ES Acções América apresenta no período 7,31% de retorno e conta com 9,3 milhões de euros em ativos sob gestão. 

O terceiro lugar “foge” à regra e não tem como universo de investimento o continente americano. O Dunas Banco BIC Tesouraria B, sob a alçada da Dunas Capital, fica quase “colado” ao segundo posto em termos de ganhos, com uma rentabilidade no período de 7,09%. O produto, que segundo o site da Morningstar apresenta 27 obrigações diferentes em carteira, tinha no final de outubro 86,5 milhões de euros sob gestão.

Tecnológicas americanas dominam 

A América “volta” a posicionar-se, desta vez com um fundo da Santander Asset Management. O Santander Acções América FIMA consegue no período em análise uma rentabilidade de 6,25%, sendo que da sua carteira fazem parte por exemplo as duas gigantes tecnológicas Apple e Microsoft, ou a multifacetada Procter & Gamble.

Chegando a meio da tabela encontramos um fundo que investe do outro lado do Atlântico, mas no Brasil. O Dunas Banco BIC Brasil, da Dunas Capital, termina os três meses com uma rentabilidade de 6,22% e mais de 8,7 milhões de euros de património. O sexto lugar do pódio volta a dar protagonismo aos EUA. O Millennium Acções América, gerido pela Millennium Gestão de Activos, segundo a página web da Morningstar, apresenta no seu investimento um enfoque em 5 sectores: os serviços financeiros, a tecnologia, a Saúde, o Consumo defensivo e as indústrias. De agosto a outubro apresentou ganhos de 5,98%.

Também a Caixagest posiciona neste ranking um produto que investe por terras do ‘uncle sam’. O Caixagest Acções EUA figura em sétimo lugar e conseguiu a três meses apresentar 5,66% de retorno, somando 68,6 milhões de euros de ativos sob gestão. Também este fundo investe na norte-americana Apple, com 4,08% de ativos presentes nas 10 maiores posições do produto.

O oitavo posto volta a colocar a ESAF na lista, desta vez com o ES Momentum OICVM, que nas datas em análise arrecada ganhos de 5,32%, somando um património de cerca de 19,5 milhões de euros. Para a empresa de análise este fundo insere-se na categoria de Ações Globais, sendo que, segundo o site da Morningstar, o peso do investimento em EUA é significativo: 67,85%.

Viramos agora atenção para outro continente: o africano. A BPI Gestão de Activos consegue neste ranking ter mais um fundo sob a sua alçada, desta feita o BPI Africa, que no período, segundo os dados da Morningstar, apresenta 3,85% de rentabilidade. O fundo de ações tem nas suas cinco maiores posições empresas como a sul-africana Naspers - uma empresa de media – ou a companhia de telecomunicações MTN Group.

A lista encerra com um fundo de tesouraria: o Patris Tesouraria, da Patris Gestão de Activos, que com cerca de 200 mil euros de ativos sob gestão, apresentou no período 2,76% de rentabilidade.

 
Análise Funds People a partir dos dados disponibilizados pela Morningstar a 31 de outubro