Os ativos em fundos europeus ISR marcam um novo record: o seu património cresce três vezes mais do que o da indústria

dhruva-reddy-7NepJK9k8eM-unsplash
-

O investimento socialmente responsável tornou-se na grande tendência com maiúsculas da indústria de fundos de investimento. Nota-se que o património que estes produtos gerem não fez outra coisa senão crescer nestes últimos anos - segundo o Estudo Global sobre Investimentos Sustentáveis que a Associação Internacional da SIFS elaborou. Cresceu 34% nos últimos anos até alcançar um número de 30,7 biliões de dólares. Também a oferta de fundos que seguem critérios ESG não parou de crescer nos últimos anos, apoiada também pelos dados de fluxos.

Em concreto, segundo o estudo European Sustainable Funds Landscape publicado pela Morningstar no mês de agosto, no primeiro semestre do ano foram lançados 168 novos fundos que cumprem os critérios ESG (que incluem tanto produtos ativos como indexados e ETF domiciliados na Europa) o que implica um crescimento em apenas seis meses de 20,5%, o que quase triplica os 7,7% que se registaram na indústria em termos gerais no mesmo período.

Nesse aumento do património influenciou muito o bom comportamento que tiveram os mercado na primeira parte do ano, com as ações como grande protagonista, já que há que ter em conta que a larga maioria da oferta europeia que há em fundos ISR continua a estar na categoria de ações (mais de metade da oferta, segundo a Morningstar). Mas o aumento patrimonial também foi acompanhado de fluxos positivos que marcaram um novo recorde. Em concreto, nos seis primeiros meses do ano os fundos europeus ISR receberam subscrições líquidas no valor de 36.900 milhões de euros. O número não só é o mais alto recebido no semestre como também quase supera os 38.000 milhões que receberam este tipo de produtos durante todo o ano de 2018.

97e3958a5054b6ac

 

Apesar de grande parte dos fluxos serem fundos de gestão ativa (sobre o total do património representam 83% do património) viu-se uma tendência crescente no que diz respeito à gestão passiva já que, segundo a Morningstar, 24,1% desses 36.900 milhões ficaram em fundos de gestão passiva (5.000 milhões em ETF e 6.800 em fundos indexados).