O caminho dos mais subscritos do mês passado

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@Doug88888, Flickr, Creative Commons

No mês passado os investidores estavam focados nas eleições dos EUA que estavam por chegar, mas não só.  A Europa também teve o seu papel de importância em outubro. João Graça, do ActivoBank, lembra que “o mês de outubro fica sobretudo marcado pela troca de acusações e muita polémica. Na Europa, as principais notícias estão relacionadas com Espanha e Itália. A primeira por finalmente, após quase um ano, ter conseguido formar governo, a segunda devido às fusões e reestruturações no setor financeiro, além das expectativas sobre o referendo decisivo a 4 de dezembro que tem feito manchetes um pouco por lado”. Do BiG, Isabel Soares, fixou-se nos “níveis de incerteza associados, essencialmente, ao aproximar das eleições norte-americanas”.

Verificando a lista dos fundos mais subscritos nas plataformas nacionais, há soluções para todos os gostos. Do Banco BestRui Castro Pacheco, head of asset management, refere que o mês de outubro foi “um pouco mais conservador face ao que vínhamos verificando, com 4 fundos de obrigações”. Além do fundo Jupiter Dinamic Bond, surge na lista “mais um fundo com alguma flexibilidade na gestão e que é o PIMCO Income”. Além destes dois, os outros dois fundos investem de forma mais especifica: o Pioneer Emerging Markets Bonds que apenas investe em dívida de governos ou empresas de países emergentes e o T. Rowe Price European High Yield que se dedica em exclusivo à dívida de empresas europeias de menor qualidade de crédito e maior yield”, refere o profissional da entidade.

Relativamente ao ActivoBank,  na entidade voltaram a verificar “uma procura por soluções no mercado europeu, com 5 dos 10 mais subscritos ligados ao velho continente”. Este resultado é motivado “por uma sensação de segurança com preocupações a emergir devido ao aproximar das eleições norte-americanas e a possível bolha de crédito na China. De destacar também a presença que não se verificava há algum tempo de fundos de investimento Austrália e Canadá, como forma de diversificação em termos de moeda e geografia”, afirmam da entidade.

Enquanto isso, no BiG, “as principais novidades da tabela decorrem dos padrões evidenciados na procura por fundos de investimento com enfoque no segmento acionista”, com destaque para os “inflows significativos em fundos como Amundi Funds Equity Global Gold Mines (fundo de ações que centra a sua política de investimento em empresas do sector do Ouro), o Mirae India Sector Leader Equity Fund (fundo que investe maioritariamente em acções de empresas líderes de sectores domiciliadas ou com uma percentagem significativa dos seus negócios na Índia) e o Fidelity Funds-Technology Fund (fundo de acções com enfoque sectorial em tecnológicas)”.

Com o foco no mercado acionista, Rui Castro Pacheco destaca “um setor bastante apreciado pelos nossos clientes e que é o setor das biotecnologias, com o fundo gerido pela Franklin Templeton”.

Em termos geográficos, a Europa esteve em destaque. No Banco Best a escolha recaiu no fundo gerido pela MFS. Já no BiG, destacam-se os fundos “Invesco Euro Corporate Bond (fundo de divida corporativa) ou PIMCO Euro Bond”. Além disso, no Banco Best ainda mostram uma novidade: o facto de existirem dois fundos que “investem em empresas brasileiras, motivado por alguma esperança de que este país volte ao caminho da estabilidade e do crescimento e as cotações das ações e até o cambio da moeda possam vir a proporcionar valorizações atrativas”, revela Rui Castro Pacheco.

Nordea Stable Return continua em evidência

Apesar de estar em soft-closure, o fundo tem estado no topo das preferências ao longo do ano. No BiG referem que “o sentimento e a procura por soluções focadas na sustentabilidade dos retornos e controlo de riscos associados à carteira, voltou a beneficiar o fundo Nordea Stable Return que, mais uma vez, se manteve no topo das preferências dos investidores”. Já do Banco Best, Rui Castro Pacheco revela que verificaram "a manutenção pela preferência de dois fundos bem conhecidos dos nossos clientes, o Nordea Stable Return e o MFS Global Total Return, ambos flexíveis nas suas estratégias de investimento e muito diversificados nos tipos de ativos que podem deter”. 

Os fundos mais subscritos em outubro

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Fonte: BiG, ActivoBank e Banco Best.