Os dois fundos multiativos da abrdn que democratizam o investimento em fontes de rendimento alternativas 

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Créditos: Tamanna Rumee (Unsplash)

Mais fontes de retorno. É um dos requisitos do atual contexto de mercado, em que a inflação impera, as taxas de juro sofrem mudanças, e a incerteza continua em cima da mesa. A combinação tradicional de obrigações/ações (60%-40% ou 80%-20%) tem sido complexa e, nesse sentido, encontrar a tal diversidade de fontes retorno pede perícia.

Para este contexto, a abrdn apresenta dois fundos de investimento que apostam precisamente nessa diversificação de fontes de retorno. O Aberdeen Standard SICAV I – Diversified Income Fund e o Aberdeen Standard SICAV I - Diversified Growth Fund são os dois fundos da entidade que apresentam uma proposta democratizada da diversificação. Porquê? Parte da carteira está investida em títulos alternativos cotados.

Em traços gerais, estes dois fundos oferecem aos investidores um portefólio multiativos, sem restrições, que inclui a alocação a mercados privados, mas sem deixar a preocupação da liquidez de fora, já que o fundo apresenta liquidez diária. Esta é uma tarefa executada em termos multidisciplinares, pois a equipa gestora dos dois fundos acede às melhores ideias das várias equipas da abrdn, entre um vasto leque de ativos, como os real assets, rendimento fixo e ações, tanto em mercados públicos como privados.

O histórico nos fundos já é longo. O fundo mãe foi lançado no Reino Unido, em 2011, aparecendo mais tarde a versão luxemburguesa dos produtos, tal como os conhecemos hoje. Contam já com sete anos de track record.

Modelo de Universidade de Yale 

Como já referido, a palavra democratização é importante de salientar quando se fala dos fundos Aberdeen Standard SICAV I – Diversified Income Fund e Aberdeen Standard SICAV I - Diversified Growth Fund. Os dois produtos deram um salto face à concorrência, pois permitiram o acesso a ativos reais ou a mercados privados, campo que até então só estava acessível aos institucionais.

Mais curioso ainda, é a proveniência desta ideia. Inspiraram-se no que fazia o fundo da Universidade de Yale - o maior fundo de pensões do mundo. Desde a década de 80, que a instituição diversificava a estratégia de investimento através de ativos diversificadores, como as infraestruturas, retorno absoluto ou imobiliário.

Objetivos

Os fundos da abrdn apresentam um objetivo de cash + 5% a cinco anos, com uma volatilidade muito abaixo da das ações. Como o próprio nome do fundo deixa adivinhar, o Diversified Income Fund difere do Diversified Growth por causa da distribuição de dividendos que leva a cabo. O Diversified Income Fund reparte então, adicionalmente, uma yield de 4,5% em termos anuais, a uma taxa de 0,38%. O gestor tem como objetivo proporcionar uma yield anual de 4,5%-5%, mas sustentável, enquanto tenta manter o valor real de capital durante períodos rolling de cinco anos.

Todo-o-terreno, mas não só

Dadas as caraterísticas já explicadas, os dois fundos servem vários momentos de mercado. Tanto são um fundo todo-o-terreno - ou all weather, em inglês, - como são aquele produto que aporta valor em momentos específicos de mercado. Isto porque os fundos apresentam uma forte componente de proteção de capital. Os alternativos cotados - como as infraestruturas, real estate, ABS, etc. - servem de proteção em vários momentos de mercado, mas também aportam diversificação.

Precisamente as estratégias alternativas - que rondam os 60% em carteira - são essa fonte de diversificação. Os investimentos na economia real, por sua vez, acabam por ser geradoras de fluxos de caixa e reforçar a proteção contra a inflação. Na opinião da gestora, outro dos pontos fortes desta gama é o facto de serem produtos long only e não de retorno absoluto, pois estes últimos vivem mais do market timing, e os derivados costumam ter grande protagonismo.

 Dinamismo 

Na escolha dos ativos em carteira, o dinamismo é chave, e a convicção da equipa é o que dita tirar ou adicionar ativos, como fica visível na figura abaixo. 

Fonte: abrdn

Os próprios gestores da estratégia, recentemente, referiram que o mais provável é que o  próximo ativo a incluir na carteira seja rendimento fixo de elevada qualidade, que praticamente não tem lugar no portefólio desde 2016, tendo aparecido em 2020, mas temporariamente. A diversificação é uma bandeira que erguem também, claro, e as entre 600 e 700 posições, comprovam-no.

Em suma, o que estes fundos multiativos oferecem face a um multiativo tradicional é o facto de os alternativos líquidos oferecerem uma proteção natural contra a inflação (60% da carteira) e contra as subidas de taxas de juro (20%). Para além disso, adicionando o fator democratização já várias vezes indicado, pois complementa a carteira com ativos pouco acessíveis aos investidores em geral. 

Fonte: abrdn